Vida & Saúde

Saiba o que é preciso para ser um doador de órgãos

O Ministério da Saúde lançou ontem (27) uma campanha nacional para incentivar a doação de órgãos para transplante.

Pesquisas de opinião apontam que 60% da população brasileira se diz doadora.

No entanto, o número de doadores efetivos no país é de 8,6 para cada um milhão de habitantes. Na Espanha, esse número chega a 36 por um milhão de habitantes.

Com o slogan A Vida é Feita de Conversas. Basta uma para Salvar Vidas, a campanha pretende informar a população sobre o que é necessário para manifestar a vontade de ser um doador.

Confira algumas informações sobre a doação de órgãos:

O que é preciso para ser um doador?
Para ser doador, no Brasil, não é preciso deixar nada por escrito, em nenhum documento. Muitas pessoas acham que é preciso registrar a opção de doador de órgãos na carteira de motorista, mas isso não é mais necessário. Basta conversar com a família sobre seu desejo de ser doador. A doação de órgãos só acontecerá após autorização familiar.

Quais os tipos de doador?
Doador vivo: qualquer pessoa saudável que concorde com a doação, desde que não prejudique sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.

Doador falecido são pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).

Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador falecido?
Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, veias, ossos e tendões. Portanto, um único doador pode salvar inúmeras vidas. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia.

Para quem vão os órgãos?
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

É possível ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?
Sim. O diagnóstico de morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar, que é interpretado por um terceiro médico. Não existe dúvida quanto ao diagnóstico.

Após a doação o corpo do doador fica deformado?
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.

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