Saímos da crise de cabeça erguida”, comemora Mantega
“Saímos da crise de cabeça erguida e não destroçados”.
Mantega admitiu, no entanto, que ainda existem problemas, como no comércio exterior e na carga tributária.
“Embora a crise esteja sendo superada, ainda tem muito problema a resolver” disse.
O ministro lembrou que é importante pensar em ganhar mercado no exterior, pois ainda leva de dois a três anos para a crise acabar nos outros países, que passarão a demandar mais matéria-prima. Ele exaltou também a entrada das reservas do pré-sal como uma riqueza “computada” e que será apropriada pelo governo e pela população
“Não tem retorno. Está aberta a rota para que Brasil seja um dos países mais importantes do mundo”.
Segundo Mantega, o Brasil conseguiu passar pela crise com “eficiência e propriedade” e isso se deve não só ao governo, mas aos diversos segmentos da sociedade, representados no encontro pelo CDES. O ministro elogiou ainda a equipe econômica pelo enfrentamento das turbulências.
O ministro reafirmou que o país foi um dos primeiros a sair de uma crise “foi única” pela sua natureza. Ele lembrou que o Brasil não ficou em pânico como os outros países e que o presidente da República soube conduzir toda a equipe de governo diante da situação.
“Estamos todos de parabéns. Lá fora todos reconhecem o sucesso do Brasil [diante da crise]”.
Bem-humorado, ele afirmou que o Comitê de Crise, que assessorou o governo desde o final do ano passado, agora terá de mudar de nome.
Mantega faz um panorama da atual situação do Brasil e fala das medidas adotadas para combater a crise, entre elas o acúmulo de reservas internacionais acima de US$ 221 bilhões. Irônico, o ministro rebateu os analistas que criticaram o país quando inicialmente o Banco Central começou a acumular reservas e estas chegaram ao patamar de US$ 100 bilhões.
O ministro elogiou a regulação do sistema financeiro, que considerou sólido, e a prudência desse mesmo sistema, que adota garantias bem maiores para o risco de crédito do que os de outros países afetados pela crise.
Durante a apresentação, um pedestal de microfone caiu em direção ao ministro, que bem-humorado disse que o incidente era uma manobra dos bancos internacionais que não gostaram do comentário.
Mantega elogiou ainda os bancos públicos, que acrescentaram 25% à oferta de crédito durante a crise, enquanto os bancos privados contribuíram com apenas 3,9%.