Vida & Saúde

Saúde confirma mais cinco óbitos por gripe A no Rio Grande do Sul

Em entrevista coletiva, nesta quinta-feira (16) à tarde, o secretário da Saúde, Osmar Terra, informou que foram confirmados cinco óbitos por gripe A (H1N1) no Rio Grande do Sul. Duas mortes ocorreram em Passo Fundo, duas em Santa Maria e uma em Uruguaiana. Todos os pacientes eram do sexo masculino. Os locais de contaminação seguem em investigação, exceto o caso de Uruguaiana, onde a vítima havia viajado para a Argentina. Com as confirmações desta quinta-feira, o Rio Grande do Sul registra um total de sete mortes por gripe A.

Dia 8 de julho, em Passo Fundo, foram confirmadas as mortes de um comerciante de 42 anos, que apresentava histórico (co-morbidade) de hipertensão arterial sistêmica (HAS). No dia 10, ocorreu o óbito de um garçom de 30 anos, que também era hipertenso. Em Santa Maria, foi registrado, no dia 11, o óbito de um operador de manutenção de 36 anos, que tinha diabete mellitus, HAS e cardiopatia. E no dia 15, a doença vitimou um segurança de 26 anos, que não apresentava nenhum problema de saúde. Em Uruguaiana, um caminhoneiro de 35 anos, que sofria de obesidade, morreu nesta madrugada, na Santa Casa. 

Terra estima que existam mais de mil casos da doença, uma vez que já deve estar acontecendo a circulação do vírus de forma sustentada no Estado. Por fazer fronteira com Argentina e Uruguai, o Rio Grande do Sul é considerado porta de entrada da gripe, por via terrestre, no Brasil. O secretário afirma que os sete óbitos estão dentro da proporção de letalidade mundial e não vão alterar o perfil de mortalidade por doenças respiratórias no inverno, terceira causa de morte no Estado. Em média, são 2.500 óbitos/ano por pneumonia.

O secretário reafirmou que não há motivo para pânico e que 99% dos casos são tratados em casa, sem necessidade de internação. No momento, estão hospitalizados 30 pessoas por causa da nova gripe. Mensalmente, são internados no Estado cerca de 60 mil pessoas, pelos mais variados tipos de doenças. 

Por considerar que não existe uma situação mais grave ou diferente do que acontece em todos os invernos gaúchos, a Secretaria da Saúde, em conjunto com a Secretaria da Educação, está recomendando que as aulas não sejam suspensas e que as férias escolares não sejam antecipadas. Os casos suspeitos deverão ser comunicados pela direção da escola à Coordenadoria Regional de Educação e à Secretaria Municipal de Saúde. Somente as turmas com casos suspeitos ou confirmados deverão ter suas atividades suspensas.

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