Ser idoso é ser vivido e ter atravessado os anos testemunhando fatos, acontecimentos, mudanças, nascimentos, mortes. Ser idoso é assistir todas essas coisas em tempos e idade diferentes e poder contar para os que chegaram depois. É provar diversas formas de amor: quando criança, ouvir um “eu te amo” com afago na cabeça; quando jovem, ouvir um “eu te amo” com repreensão e conselho por agir com imaturidade; quando adulto, ouvir um “eu te amo” de alguém que quer passar a vida inteira ao seu lado e, então, a sensação de que a vida começou ali.

E o tempo passa, os fatos continuam acontecendo, as mudanças, nascimentos, mortes. Envelhecidos então, testemunhamos de outro tipo de amor: amor que cuida quando se está incapaz de fazer algo por si mesmo, amor que não exige troca de favores, que não pede recompensas, que não cobra atitudes. Amor que olha nos olhos e diz “eu te amo” por teres vindo antes de mim, teres afagado, aconselhado, repreendido e me escolhido pra estarmos juntos agora. Amor que suporta até o fim.

Parece um tanto depressivo, mas o próprio Salomão, com toda a sua sabedoria constatou no fim da sua existência que tudo é vaidade.

Penso que ser idoso, é também constatar que coisas que são vividas agora por essa geração, poderiam ser mais intensas pelo ouvir do “eu te amo” que dá o verdadeiro sentido em todo e qualquer tempo.

Sendo assim, ensina-nos, pois, a contar nossos dias, a fim de que possamos alcançar um coração verdadeiramente sábio! Salmos 90:12

Comentários

Comentários