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Sérgio Agra lança hoje novo livro: ‘O Corpo de Gioconda’

Para o escritor Sérgio Agra, advogado radicado em Capão da Canoa desde 2005, a noite de 28 de agosto será especial. Além de comemorar mais um ano de vida, fará o lançamento, na Livraria Cultura, em Porto Alegre, de sua terceira obra.

‘O Corpo de Gioconda’, pela Editora Pragmatha, chega ao público leitor com uma coletânea de crônicas escritas nos últimos anos e publicadas na imprensa local e da região metropolitana.

As crônicas, segundo o autor, têm como inspiração sua experiência diária.

Breve entrevista com o autor:

Quem é Sérgio Agra?

Sérgio Agra: Advogado diletante. Nasceu em Porto Alegre e reside, desde 2005, em Capão da Canoa, entre o mar de cultura e o rochedo da “resistência” aldeã onde, juntamente com um reduzido grupo de abnegados, batalhou pela cultura naquele município. Já foi quase tudo: graduando em comunicação social e psicologia, bancário, securitário, economiário, perdulário, funcionário público, professor de português e literatura, ator de teatro, católico, umbandista, turista internacional e freudiano. Colaborou para o Suplemento Mulher, do Jornal Folha da Tarde – Cia. Jornalística Caldas Jr. Atualmente escreve para os jornais Gazeta do Sul, de Santa Cruz do Sul, Costa do Mar&Serra, de Capão da Canoa, e Litoralmania, de Osório. Autor de “Não Permita, Deus, que eu Morra” (crônicas), “Mar da Serenidade” (novela) e, além deste “O Corpo de Gioconda”, está previsto, para o mês de outubro uma pequena novela infanto-juvenil “Uma Casa chamada Nazareth”.

O que escrever representa no seu cotidiano e leitura de mundo?

Sergio Agra: O divã do psicoterapeuta. Com a fundamental vantagem: não é pago!

Quais as maiores alegrias que o universo literário lhe proporcionam?

Sergio Agra: Os lançamentos de “Não Permita, Deus, que eu Morra” e “Mar da Serenidade”. Os troféus recebidos nos vários Concursos Literários, dentre os quais o Prêmio Apesul Correio do Povo – Revelação Literária.

Já teve frustrações, decepções?

Sergio Agra: As naturais de um autor “não abençoado” pela grande mídia.

Quem são seus autores preferidos?

Sergio Agra: Dostoievski, Tchekhov, Saramago, Umberto Eco,  Garcia Márquez, Horacio Quiroga. Machado de Assis, Guimarães Rosa e Érico Verissimo.

Como é sua rotina, para escrever?

Sergio Agra: As crônicas sempre partem de uma experiência vivenciada ou, o que é mais comum, após a leitura dos jornais diários. O conto, a novela, a narrativa longa tem sua estrutura, o “esqueleto” arquivado na minha memória. Quando os “canais”  se abrem me jogo no computador.

Quais são seus livros preferidos?

Sergio Agra: “Crime e Castigo” (Dostoievki), “Cem Anos de Solidão” (G.G.Márquez, “O Homem Duplicado” (Saramago), “As Virtudes da Casa” (Assis Brasil).

Em seu livro ‘O corpo de Gioconda’, em uma das crônicas o senhor declara seu amor pela ‘Olivetti’. Como o senhor avalia o avanço tecnológico, que também impacta na literatura?

Sergio Agra: É claro que a “Olivetti”, na crônica “A falta que ela também me faz”, é uma metáfora. O computador é uma ferramenta de grande valia. Em compensação, o que aparece de escrevinhador e pseudopoeta… No croniconto A imolação da lira dos vinte anos, por exemplo, escrevo sobre um fictício encontro de Machado de Assis e seus pares na ABL para discutirem sobre a ameaça da última invenção – a máquina de datilografia – e o que dali advirá. Para os imortais é o Apocalipse da grande literatura. E eles estavam certos. Quanto ao livro eletrônico, este vem sendo uma ferramenta cada vez com mais adeptos. No entanto, o livro, em sua textura, seu cheiro, este não desaparecerá jamais!

Em seus textos, percebe-se um cuidado especial com a palavra. Inversões frasais e recursos como travessões ditam o ritmo da leitura, mais charmoso, mais atento. Como o senhor foi cunhando seu estilo literário?

Sergio Agra: Nenhuma Oficina de Criação Literária fará do oficineiro um talentoso escritor. Porém, os mais atentos retiram dela o melhor que puderem. Minhas dificuldades antes da Oficina do Assis Brasil: na narrativa longa, o uso correto do tempo verbal; na crônica, o eco e a objetividade frasal. Com o tempo, procuro aprimorar a “musicalidade” da frase. Leio-a em voz alta, como se estivesse seguindo uma partitura. Se há sons dissonantes, paro e procuro a “nota” certa, sua harmonia no contexto.

SERVIÇO

O que: lançamento livro O Corpo de Gioconda

Autor: Sergio Agra

Editora: Pragmatha

Local: Livraria Cultura (Avenida Túlio de Rose, 80 – Passo da Areia, Porto Alegre)

Preço de capa: R$ 32,00

Informações: sergioagra@terra.com.br

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