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Servidores protestam contra retirada de insalubridade em Imbé

Servidores da Secretaria Municipal da Saúde protestaram na sessão da Câmara de Vereadores, realizada no Balneário Mariluz na última segunda-feira (27).

Vários funcionários estiveram presentes, vestidos de preto e com uma faixa que dizia “todo trabalhador de saúde tem direito a insalubridade – fora o preconceito”.

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Imbé, Luiz Eduardo Carvalho, fez uso da tribuna para defender os interesses dos servidores, que acompanharam a sessão até o final. O protesto se deu em virtude do projeto de lei 24/2010, de autoria do Executivo, que retira a insalubridade de 18 cargos, como médicos, auxiliar de serviço sanitário, agentes de combates a endemias, vigias e motoristas de ambulâncias. A proposição foi aprovada em primeira votação para aceite, mas estava com sua tramitação parada nas comissões. A maioria dos vereadores não estava de acordo com a proposta do Prefeito.

De acordo com o presidente do Sindicato, os direitos dos funcionários municipais estão sendo cerceados. Além dos cargos que perdem a insalubridade, Carvalho lembrou dos vigias que, além de ganharem menos de um salário mínimo, não recebem periculosidade. Citou também as ameaças que conselheiros tutelares e motoristas recebem ao conduzir menores infratores. E mesmo assim, estes profissionais não recebem nenhum adicional.

Carvalho ressaltou a falta de critério e o descaso do prefeito Darcy Dias ao enviar um projeto como este à Câmara. “Os profissionais lidam com pessoas doentes e infectadas, além de lidarem com material perigoso. Queremos o apoio dos vereadores para analisar melhor isso”, disse. Ele destacou que gostariam de debater com os parlamentares, junto às comissões, acerca dos direitos e anseios dos servidores.

Logo após a manifestação de Carvalho, foi noticiada a retirada do PL 024/10, a pedido do prefeito Darcy Luciano Dias, através de um ofício assinado pela secretária municipal de Administração, Cláudia Silviana da Silva. Conforme o presidente do Sindicato, o prefeito deveria ter analisado melhor a proposta antes de encaminhar ao Legislativo.

Ele considerou a retirada do projeto como uma jogada política para tentar sair por cima, e que existe ainda um grande receio dos servidores que o Prefeito volte a mandar o Projeto para a Câmara.

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