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Setor solicita adiamento de consulta sobre nova classificação do arroz

As sugestões para a nova classificação do arroz não agradaram o setor produtivo gaúcho e o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) solicitou a prorrogação do prazo de consulta pública sobre o assunto por mais dois meses.

A reformulação do Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Arroz foi proposta pelo Ministério da Agricultura e o prazo inicial terminaria em 31 de janeiro. Atualmente, o cereal é classificado em Tipo 1, 2, 3, 4, 5 e abaixo do padrão.

A equipe técnica do Irga simulou a classificação com uma amostra significativa da produção gaúcha na safra passada, buscando avaliar os impactos para o setor. O estudo evidenciou que a proposta é extremamente prejudicial ao setor produtivo, e que necessita de ajustes pontuais. “Os novos critérios enquadram uma situação não compatível a real qualidade do arroz gaúcho”, afirma o engenheiro do Irga, Gilberto Amato.

Para o presidente do Irga, Maurício Fischer, a decisão sobre o adiamento foi necessária já que a atual portaria que regula a classificação tem duas décadas. “O Irga está concluindo uma análise desenvolvida no Estado, com amostras de arroz em casca de todas às seis regiões arrozeiras”, justifica, ressaltando que o resultado permitirá embasar o encaminhamento de proposições.

Segundo Fischer, o conhecimento da situação permitirá reduzir as diferenças entre segmentos da produção e industrialização, bem como entre os principais Estados produtores. O Sindicato das Indústrias de Arroz de Santa Catarina (Sindarroz/SC) também pedirá o adiamento da decisão.

A meta do Ministério é melhorar a qualidade do produto oferecido ao consumidor, procurando reduzir as discrepâncias existentes entre a legislação e o praticado pelo mercado. Além disso, existe também a necessidade de aproximar o padrão de classificação brasileiro com o internacional.

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