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Sistema de medalhas teria dado título de 2008 a Massa

O sistema de medalhas de ouro aos vencedores de cada corrida no Mundial de Fórmula-1 — proposto pelo “chefão” da categoria, Bernie Ecclestone, para a próxima temporada — teria dado o título de campeão de 2008 ao brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, e não ao inglês Lewis Hamilton, da McLaren.

Segundo o sistema, que faz com que o número de vitórias decida o campeonato, Massa seria campeão por ter seis medalhas de ouro, contra cinco de Hamilton. Diante disto, Ecclestone afirma que sua proposta possa entrar em vigor já no campeonato de 2009.

O dirigente disse hoje que decidiu propor o sistema após assistir ao desfecho do Grande Prêmio do Brasil, no qual Hamilton conquistou o título com um quinto lugar, mesmo com a vitória de Massa, resultado insuficiente para dar o título ao brasileiro. A iniciativa regulamentar poderá ser aprovada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) no próximo mês.

— O sistema será implantado porque todas as equipes estão de acordo, segundo as opiniões que ouvi nas escuderias. Servirá para evitar que alguém possa conquistar o Mundial sem tentar vencer a corrida — declarou.

O sistema de pontuação atual, que concede 10 pontos ao vencedor da prova, oito ao segundo, seis ao terceiro e assim sucessivamente até o oitavo, que recebe um ponto, permitiu a Hamilton administrar sua vantagem no GP do Brasil, sabendo que um quinto lugar bastava para ser campeão mesmo se Massa vencesse a corrida.

Hamilton só garantiu o título na última curva da volta decisiva graças a uma ultrapassagem sobre Timo Glock, que não tinha pneus de chuva. O britânico se tornou o campeão mais jovem da história pela diferença de apenas um ponto.

— No próximo ano será necessário arriscar mais — disse Ecclestone, que se mostrou confiante em que a Fórmula-1 poderá suportar a crise financeira mundial, apesar de também ser atingida.

— O automobilismo mundial está sendo e será atingido, com certeza. É óbvio que talvez os promotores sejam prejudicados pela redução do público, mas é preciso esperar. Não sabemos o que pode acontecer em seis meses — afirmou.

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