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Técnica de enfermagem condenada a 51 anos de prisão por tentativa de homicídios de 11 bebês no RS

Uma técnica de enfermagem de 40 anos, foi sentenciada a 51 anos e 8 meses de prisão em regime fechado.

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O julgamento, presidido pelo Juiz Diogo de Souza Mazzucatto Esteves da 1ª Vara Criminal de Canoas, teve início na manhã de quinta-feira e se estendeu até a madrugada de sexta-feira.

Ela foi acusada de 11 tentativas de homicídio contra recém-nascidos, sendo condenada por nove delas.

Em um dos casos, foi absolvida e em outro, a acusação foi desqualificada para lesão corporal.

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O Ministério Público alegou que Vanessa administrou medicamentos controlados, incluindo morfina, aos bebês sem autorização médica, resultando em problemas respiratórios e convulsões, levando-os à internação na UTI neonatal do Hospital da Ulbra de Canoas.

A técnica de enfermagem foi presa em flagrante com uma seringa e medicamentos em seu armário.

Exames periciais confirmaram a presença de morfina entre as substâncias encontradas.

Técnica de enfermagem condenada a 51 anos de prisão por tentativa de homicídios de 11 bebês no RS

Durante o julgamento, foi aberto um incidente de insanidade mental, com o Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) considerando Vanessa semi-imputável, ou seja, com capacidade parcial de compreender e controlar suas ações.

No interrogatório, ela admitiu ter administrado os medicamentos, mas afirmou não conseguir parar, mesmo sabendo que era errado.

Também mencionou episódios traumáticos na infância e na adolescência, além de um diagnóstico de síndrome de Munchausen por procuração em 2017, para justificar seu comportamento.

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O promotor de Justiça, Rafael Russomanno Gonçalves, argumentou que a acusada agiu conscientemente, assumindo o risco de matar os bebês, e pediu sua condenação para dez das vítimas.

Já a defesa, representada pelo advogado Flávio de Lia Pires, alegou que a mulher sofre de transtornos mentais e necessita de tratamento médico, não de prisão.

A defesa também questionou a parcial imputabilidade da ré e defendeu a aplicação de medidas de segurança.

Apesar dos argumentos da defesa, os jurados, compostos por três mulheres e quatro homens, decidiram pela condenação da técnica.

Ela poderá recorrer da sentença em liberdade.

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