Vacinação contra polio pretende imunizar mais de 730 mil crianças

Será realizada neste sábado (16), em todo o país, a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. A abertura oficial da campanha no Rio Grande do Sul ocorre às 9h30min, no Centro de Saúde Modelo (Rua Jerônimo de Ornellas, 55, Bairro Santana), em Porto Alegre. O secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, e o secretário de Saúde da Capital, Pedro Gus, participam da cerimônia.

A meta da Secretaria Estadual da Saúde é imunizar contra a paralisia infantil 738.476 crianças menores de cinco anos em todo o Estado. Esse número é balizado pelo Ministério da Saúde. Neste dia também será possível atualizar a situação das crianças que estejam com alguma vacina em atraso, como a Tríplice Viral. Nestes casos, é necessário que os pais ou responsáveis levem as crianças aos postos fixos, com a Caderneta de Vacinação para a devida atualização.

Serão 1.568 postos de vacinação no Estado atendendo das 8h30min às 17h. O Estado conta com o apoio de 18.249 pessoas, entre profissionais da secretaria, das prefeituras e voluntários, que estarão mobilizadas para atender a comunidade. Aproximadamente 2.500 veículos estarão à disposição das equipes de saúde durante a campanha.

Importância da vacina
Maria Tereza Schermann, médica epidemiologista e coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da SES, explica que as campanhas são realizadas como uma ação complementar à vacinação de rotina, contribuindo para a manutenção das áreas livres de poliovírus. “É importante saber que a pólio persiste em países da África e da Ásia (Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão), sendo possível a reintrodução do vírus em regiões em que não circula mais.”

A poliomielite é uma doença infecciosa, causada por um vírus que atinge o sistema nervoso, podendo causar seqüelas e até a morte. No Brasil, as campanhas contra a paralisia infantil são realizadas há 27 anos, consolidando o controle epidemiológico e a ausência da doença no país. “No entanto, temos que continuar vacinando até atingirmos a erradicação mundial da doença, e, para que isso seja possível, precisamos do apoio de todos os segmentos da sociedade”, enfatiza Maria Tereza. O último caso brasileiro de paralisia infantil foi registrado em 1989.

O secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, reforça a importância das campanhas de vacinação ao lembrar que “no mundo globalizado, onde o turismo e o comércio ocasionam a freqüente circulação de pessoas entre países, a possibilidade da reintrodução do vírus aumenta”. “Sendo assim, devemos ficar atentos, pois a pólio ainda existe”, alerta Terra.

A segunda etapa da vacinação está prevista para 25 de agosto.

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