Vannuchi: ocupação no Rio mostra avanços em direitos humanos
“Isso tudo é uma demanda da democracia brasileira e é muito importante que o enfrentamento seja feito com êxito. E para ser feito com êxito não pode ter desrespeito à lei”, ressaltou nessa segunda-feira (6), após participar de debate sobre memória e direito à verdade na capital paulista.
Para o ministro, a ocupação atual “já teve algumas características diferentes das anteriores” feitas em favelas cariocas. “A ideia do enfrentamento é necessária. Quebra-se o bloqueio entre direitos humanos e polícia, para entender que direitos humanos defendem a ação policial firme”.
Ele lembrou, entretanto, que já existem denúncias de violação de direitos dos moradores. “Começam a aparecer agora as primeiras indicações de que houve problema”.
Em relação às falhas policiais, Vannuchi cobrou investigação e punição. “Não pode torturar, não pode executar, não pode quebrar a televisão de ninguém. Todos os casos que forem apurados terão que ser investigados e punidos”.
O funcionamento das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) como política de segurança pública também foi elogiado pelo ministro. “Porque elas querem dizer à consciência que não se resolve só com a polícia o problema de segurança, de combate ao crime, na situação a que o Rio chegou, por políticas erradas ao longo de décadas”.