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Veja como lidar com a flacidez e a gordura localizada após emagrecer

Emagrecer é um processo complexo que envolve uma série de fatores, desde alimentação, prática de exercícios físicos até predisposições genéticas. E, mesmo quando se consegue perder peso, outros desafios surgem pelo caminho.

A flacidez da pele é um dos principais efeitos do emagrecimento, já que a gordura também ajuda a dar estrutura aos tecidos. O aparecimento ou ampliação das estrias e a perda de tônus muscular também costumam fazer parte do processo. A perda acentuada e acelerada de peso também pode resultar em excesso de pele. Nesse cenário, um dos maiores desafios é a gordura localizada, difícil de ser perdida mesmo com uma rotina saudável.

Como combater a flacidez após o emagrecimento?

Segundo a dermatologista Paula Rahal, da Clínica Otávio Macedo e Associados, a flacidez é uma das principais demandas de pacientes que estão em processo de emagrecimento. A médica explica que existem tratamentos e tecnologias minimamente invasivas que podem melhorar o aspecto flácido da pele.

“Em pacientes com baixo nível de gordura localizada, diferentes fórmulas de estímulo de colágeno são alternativas interessantes para a redução da flacidez, já que essa é a proteína mais importante para sustentação da pele”, destaca Paula Rahal.

Dentre as opções de tratamento, estão os bioestimuladores de colágeno, a radiofrequência e os ultrassons microfocados. Embora funcionem de formas diferentes, os procedimentos melhoram a produção de colágeno, proteína que dá firmeza à pele, o que também melhora o aspecto da flacidez.

“Esses procedimentos podem ser complementares, dependendo do plano de tratamento. Bioestimuladores promovem uma produção acentuada de colágeno na derme [camada intermediária da pele], enquanto os ultrassons microfocados podem atuar em maior profundidade, como a camada muscular. Outra opção é o Morpheus, uma radiofrequência associada com microagulhamento que também atinge as células de gordura, complementando este outro objetivo”, afirma a dermatologista.

Como eliminar a gordura localizada?

Quando há necessidade de reduzir a gordura localizada para melhorar a aparência global da pele, outras alternativas são mais adequadas. Alguns exemplos são estímulos musculares, lasers combinados e opções cirúrgicas como a lipoescultura, a depender do nível de gordura e do objetivo do tratamento.

“A estimulação muscular eletromagnética é como uma ‘ginástica’. As contrações geradas pelo aparelho nos músculos são contínuas e intensas, o que promove melhora na massa muscular, mas também reduz a gordura. Para se ter uma ideia, uma sessão de meia hora equivale a 20.000 contrações musculares”, explica Paula Rahal.

Já os lasers combinados atuam na queima de gordura, ao mesmo tempo em que promovem a produção de colágeno, a retração da pele e a redução da flacidez, como o Fotona Tightsculpting. “A vantagem desses tratamentos é que conseguimos atuar em dois pontos: com temperaturas mais elevadas para queima de gordura e estímulo de colágeno para melhora da flacidez”, detalha a profissional.

Mulher de conjunto azul realizando abdominal em academia
A prática de exercícios deve ser mantida para preservar os resultados de procedimentos estéticos (Imagem: Vadim Zakharishchev | Shutterstock)

É fundamental manter bons hábitos diários

No campo das opções cirúrgicas, a lipo de definição é uma forma de definir as áreas de luz e sombra do próprio corpo, segundo o cirurgião plástico Matheus Manica. Ela pode ser de alta, média ou baixa definição, a depender do perfil de quem busca o tratamento.

“A técnica retira maior quantidade de gordura próxima ao contorno dos músculos, sendo possível dar a essas regiões um aspecto mais tonificado. A lipo de alta definição é indicada para quem tem uma musculatura mais desenvolvida e um baixo percentual de gordura. Quem tem um percentual maior de gordura pode fazer a lipo de baixa definição”, detalha o especialista.

Matheus Manica destaca que o objetivo da lipoaspiração não é emagrecer. Além disso, a cirurgia deve ser acompanhada de bons hábitos alimentares e da prática de exercício físico para manter o resultado. O cirurgião também explica que o tratamento é útil para esculpir o formato do quadril e do bumbum. “Com a própria gordura retirada, é possível melhorar a harmonia e o volume da região. Aos poucos, o cirurgião ‘esculpe’ a área tratada para obter o melhor resultado, desenhando os contornos”, explica.

Opções cirúrgicas

Em outros casos, Matheus Manica afirma que a avaliação para intervenções cirúrgicas é indicada. Isso acontece em especial quando o processo de emagrecimento é muito acelerado e o corpo sofre grandes mudanças, como no pós-parto.

Para flacidez mais acentuada no abdome, há algumas opções: se for uma flacidez muscular, um aparelho de contração costuma resolver. Se for flacidez de pele, a abdominoplastia é o tratamento mais recomendado pelo cirurgião. Também conhecida como “tummy tuck”, a cirurgia envolve a remoção do excesso de pele e da gordura.

Ele ainda explica que, caso haja uma diástase pequena (separação dos músculos abdominais), é possível tratar com um aparelho de contração eletromagnética. No entanto, se for grande, é necessário “costurar” esses músculos para restaurar a firmeza e a força.

No entanto, quando existe gordura localizada, Matheus Manica ressalta que o tratamento ideal é a lipoaspiração. Essa cirurgia é principalmente indicada para áreas que não respondem tão bem às dietas e aos exercícios. “Removemos depósitos de gordura em áreas específicas com pequenas incisões, o que permite esculpir e melhorar os contornos do corpo”, finaliza.

Por Vinícius Guida

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