Veja o que está causando a onda de trombas d’água e nuvens funis no Sul
Uma área de baixa pressão em níveis médios e altos da atmosfera, conhecida como “baixa fria”, tem se estabelecido sobre o Sul do Brasil, proporcionando um espetáculo meteorológico único.
O fenômeno, que já dura dias, tem gerado a observação diária de nuvens funis e trombas d’água, especialmente nos estados de Santa Catarina e Paraná.
As baixas frias são centros de baixa pressão com circulação ciclônica que se formam nos níveis médios e altos da troposfera.
Elas apresentam um contraste térmico entre o ar mais frio em altitude e o aquecimento na baixa atmosfera, favorecendo a instabilidade atmosférica.
Esse cenário propício tem resultado na formação de nuvens funis e trombas d’água, sendo Santa Catarina e Paraná os estados mais afetados nos últimos dias.
Diferentemente do Rio Grande do Sul, onde o tempo estava mais aberto com predomínio do sol na maioria das localidades, os estados vizinhos têm experimentado condições mais instáveis, alimentadas pela presença da baixa pressão.
Com a permanência da “baixa fria” sobre a região, a previsão aponta para um aumento da instabilidade no Rio Grande do Sul, elevando a probabilidade de surgimento de nuvens funis e formação de trombas, especialmente a partir deste fim de semana.
Mas afinal, o que são trombas d’água? Trombas d’água são colunas giratórias de ar que sugam a água, formando um funil tortuoso que conecta o céu e a água. Embora sejam espetaculares visualmente, esses eventos costumam ser de curta duração, geralmente não ultrapassando cinco minutos.
Os ventos dentro de uma tromba d’água podem superar os 100 km/h, podendo causar danos significativos a embarcações. Se uma tromba avança para terra firme, ela é classificada como um tornado, podendo causar estragos ainda maiores.
Embora os tornados originados de trombas geralmente não sejam intensos, variando entre as categorias F0 e F1, esses eventos merecem atenção devido aos danos potenciais, segundo a MetSul.
As trombas d’água, assim como os tornados, podem se formar quando os ventos em direções diferentes se encontram, gerando uma zona de convergência ou cisalhamento do vento.
Com a permanência da “baixa fria” sobre a região sulista, a população deve ficar atenta aos alertas meteorológicos e seguir as orientações das autoridades locais para garantir a segurança diante desses eventos meteorológicos incomuns.
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