Vence a indiferença e conquista a paz – Por Dom Jaime Pedro Kohl

IMG_1180-195x300111111111Deus não é indiferente; importa-Lhe a humanidade! Deus não a abandona!”. Com esta minha profunda convicção, quero, no início do novo ano, formular votos de paz e bênçãos abundantes, sob o signo da esperança, para o futuro de cada homem e mulher, de cada família, povo e nação do mundo, e também dos chefes de Estado e de governo e dos responsáveis das religiões. Não perdemos a esperança de que o ano de 2016 nos veja todos empenhados em realizar a justiça e trabalhar pela paz. Esta é dom de Deus e trabalho dos homens.

Com o Jubileu da Misericórdia, quero convidar a Igreja a rezar e trabalhar para que cada cristão possa maturar um coração humilde e compassivo, capaz de anunciar e testemunhar a misericórdia.A indiferença constitui uma ameaça para a família humana.

O papa mostra preocupação com a atitude de indiferença do homem de hoje, que vai assumindo uma dimensão global, gerando o fenômeno da “globalização da indiferença”.

A primeira forma de indiferença na sociedade humana é a indiferença para com Deus, da qual deriva também a indiferença para com o próximo e a criação. Trata-se de um dos graves efeitos dum falso humanismo e do materialismo prático, combinados com um pensamento relativista e niilista.

A indiferença para com o próximo assume diferentes fisionomias. Há quem esteja bem informado, mas não se envolve, não vive a compaixão. Em outros casos, a indiferença manifesta-se como falta de atenção à realidade circundante, especialmente a mais distante. Algumas pessoas preferem não indagar, não se informar e vivem o seu bem-estar e o seu conforto, surdas ao grito de angústia da humanidade sofredora.

A poluição das águas e do ar, a exploração indiscriminada das florestas, a destruição do meio ambiente são resultado da indiferença do homem pelos outros, porque tudo está relacionado.

“A indiferença para com Deus supera a esfera íntima e espiritual da pessoa individual e investe a esfera pública e social. Sem uma abertura ao transcendente, o homem cai como presa fácil do relativismo etorna-se difícil agir de acordo com a justiça e comprometer-se pela paz”.

Que esta mensagem do papa Francisco nos ajude a entrar no 2016 com a força que nos vem do Emanuel para vencermos toda forma de indiferença na busca da paz, qual fruto da justiça e da misericórdia.

Votos de um Ano Novo cheio de Paz.

Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osóriodomjaimep@terra.com.br

Comentários

Comentários