Vereador pede com urgência designação de delegado efetivo para SAP
A fragilidade da segurança pública em Santo Antônio da Patrulha vem se evidenciando a cada dia. O inédito seqüestro da professora Alessandra Tedesco, no último dia 1°, apenas reforçou o sentimento de impotência e de insegurança vivido pela comunidade diante da ação de criminosos no município.
Para o vereador Flávio Von Saltiél, a falta de investimentos e de valorização das polícias no Estado, contribui para o aumento da violência. Da tribuna do plenário Euzébio Barth, durante a reunião legislativa desta segunda-feira, Flávio enumerou recentes ocorrências para exemplificar a vulnerabilidade do município na área de segurança. Na opinião do vereador, as mais graves e constantes vêm sendo verificadas em propriedades rurais e em residências urbanas. “A comunidade está acuada, trancada em suas casas ou propriedades. O cidadão tem medo até de sair de casa à noite”, declarou.
Segundo Flávio, quadrilhas especializadas encontraram em Santo Antônio um local perfeito para efetuar assaltos. “Fica difícil tanto para Brigada Militar quanto para Polícia Civil conter a ação dos criminosos, devido à falta de efetivo, de viaturas e armamento adequados”, argumentou o vereador, relatando o recente assassinato de um morador do interior. Segundo informações obtidas por Flávio, dois homens em uma moto invadiram a propriedade na localidade de Barrocadas, disparando três tiros contra o proprietário, que acabou morrendo diante da esposa e de seu filho.
“Chegamos ao limite. De uma cidade tranqüila e pacata, passamos a ser um município atacado por diariamente por marginais”, declarou Flávio. Para ele, a ausência de um delegado efetivo contribui para o aumento da criminalidade. Neste sentido, o vereador pediu da tribuna que fosse encaminhado um ofício ao delegado regional de polícia, Heraldo Guerreiro, e ao chefe de polícia do Estado, Pedro Rodrigues, a designação, com urgência, de um delegado para Santo Antônio da Patrulha. “Estamos há quase dois meses sem comando na Polícia Civil. Não podemos ficar dependendo do município de Osório. Possuímos mais de 40 mil habitantes que precisam ser protegidos e atendidos. Queremos um delegado para residir no município e de preferência com alguma experiência”, enfatizou Flávio.
Ainda de acordo com Saltiél, a designação de um delegado precisa ser acompanhada do aumento no número de policiais. “Por mais que queiram os servidores da polícia civil não conseguem fazer o serviço. Crimes que acontecem acabam não sendo investigados por falta de condições. Imagina como fica a situação sem comando”, alertou o vereador.