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Vida de Graça

O texto que segue é de autoria da Pastora Maria Helena Ost
Vivemos num tempo em que quase tudo se compra e se paga, em que regem os valores do merecimento, do esforço próprio, da capacidade, da competitividade. Neste contexto, que exclui e marginaliza, é maravilhoso saber e sentir que Deus nos salva por graça e fé, de forma totalmente gratuita (Rm 3.24), pelo seu grande amor, misericórdia e bondade (Ef 2.4-7 e Rm 5.8).

A descoberta bíblica da justificação por graça e fé trouxe para Lutero uma profunda paz e alegria. Ele mesmo descreve a mudança radical que experimentou em sua vida com as seguintes palavras Aí me senti como que renascido, e entrei pelos portões abertos do próprio paraíso. A partir daí, Lutero se sentiu livre e motivado a servir com alegria e disposição, por amor e em louvor ao Deus gracioso.

No decorrer da história, muitas vezes, se interpretou a doutrina da justificação de forma equívoca, como se a pessoa justificada não praticasse boas obras. No entanto, na compreensão de Lutero, a verdadeira fé não permanece passiva. Ela produz boas obras naturalmente, não como condição para a salvação, mas como resposta de fé ao que Cristo conquistou por nós na cruz. Para ilustrar, Lutero usava a figura da árvore e dos frutos. Assim como uma árvore boa produz bons frutos espontaneamente, do mesmo modo a pessoa que é justificada pela fé não ficará ociosa, mas trará bons frutos espontaneamente, em gratidão a Deus.

Portanto, quem experimentou a graça de Deus, sente-se tão contente e grato que se engaja na missão de Deus com paixão e entusiasmo, colocando-se a serviço da vida, e descobre também que a vida tem muito mais ‘graça’ (é melhor e faz mais sentido) quando vivida a partir da graça de Deus e quando lhe damos graças por tudo que fez e faz por nós. Para refletir, leia Efésios 2.1-10

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