Vós sois o sal da terra… – Por Dom Jaime Pedro Kohl
Todos sabemos da importância do “sal” e da “luz” para avida de qualquer pessoa ou grupo. Já no tempo de Jesus era assim.
É próprio do “sal” dar sabor a quase tudo o que comemos e da “luz” iluminaronde habitamos.
O que Jesus quer quando pede aos seus discípulos de ser “sal da terra” e “luz do mundo”?
Quando ouço nomear essas duas imagens “sal” e “luz” lembro aquele bonito canto: “Vós sois o sal da terra, vos sois a luz do mundo, ninguém mais quer o sal quando ele perde o seu sabor; o sal e luz sou eu, sou o povo do Senhor”.
Jesus usou estas duas imagens do cotidiano para falar da identidade e da missão dos seus seguidores.Mas qual a condição para ser sal e luz?
Fundamentalmente, duas atitudes: confiança em Deus e prática da justiça.
Já Isaias contextualiza isso muito bem: “Reparte o pão com o faminto, acolhe em casa os pobres e peregrinos. Quando encontrares um nu cobre-o e não desprezes a tua carne. Então, brilhará tua luz como a aurora e tua saúde há de recuperar-se mais depressa; a frente caminhará tua justiça e a glória do Senhor te seguirá…Se acolheres de coração aberto o indigente e prestares todo socorro ao necessitado, nascerá nas trevas a tua luz e tua vida obscura será como o meio-dia”. Ou seja, totalmente iluminada.
Aqueles, “vós sois sal da terra” e “vós sois a luz do mundo”,hoje é referido a nós cristãos.E, a condição para sermos“sal que dá sabor a vida do mundo e luz que ilumina a humanidade”éa pratica da justiça e da caridade.
Viver na justiça e no amor é condição para aproximar-nos de Deus. Esse é o primeiro culto que podemos dar a Deus. A mentira e a injustiça não combinam com Deus.
Somente quem caminha na verdade e na justiça,quem não engana seu irmão e confia em Deus, quem tem mãos limpas, poderá entrar no santuário para dar glória a Deus.
Para sermos sal que dá sabor e luz que ilumina a vida do mundo precisamos manter fidelidade a nossa vocação.
Caso contrário,corremos o risco de não servirmos para mais nada e para ninguém, senão para sermos jogados fora e pisados pelos homens.
Não é isso que queremos para nós e nossas comunidades!
Que nossas boas obras possam ser vistas para que o nosso Pai seja glorificado.
Dom Jaime Pedro Kohl – Bispo de Osório