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10º Conversando com a História: 27 anos de emoção no céu de Torres

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Foto: Tommaso Mottironi

A 10º edição do Conversando com a História, o tradicional bate papo sobre a História da cidade que normalmente é apresentado no Centro Municipal de Cultura, se realizou no dia 30 de Abril, primeiro dia do Festival, no próprio Parque do Balonismo, no Espaço Cultural, até para permitir a participação dos vários integrantes do painel de convidados, todos envolvidos em atividades da modalidade.

Após a apresentação para o público pelo mediador, o radialista da Cultural FM e um dos locutores oficiais do Festival Nelson Peres, abriu o encontro o balonista Fernando Henning, de Porto Alegre, idealizador há 27 anos do Festival.

Fernando Henning contou os seus primeiros passos no Balonismo e também explanou a gênese da ideia do Festival, que tencionava alargar a oferta da cidade de Torres para o turismo receptivo com algo que não passasse pelas praias e pelo mar. Como é natural para um projeto inovador, a primeira edição teve uma realização atribulada, por complicações organizativas impostas pelo então patrocinador do evento, a Kodak mas a ideia, foi muito bem recebida pela administração municipal e pelo público, levando ao desenvolvimento e a ampliação das atividades até chegar aos dias de hoje, nos quais o Festival já conta com uma imagem invejável no panorama dos eventos no estado e na região Sul. O Bruno Schwartz, também balonista, acrescentou muitos detalhes sobre o crescimento da ideia inicial do Festival de Balonismo em Torres, tendo sido o organizador técnico do evento de todas as edições, praticamente desde o seu começo: na primeira participou da organização mas não pode participar pela exigência da sua presença num evento concomitante da Kodak, em Santa Catarina.

Bruno explicou também a importância do trabalho de equipe num evento deste tipo e levantou a importância de fortalecer o dialogo entre organização, administração pública e sociedade civil envolvida no evento, almejando o regresso de uma Comissão Permanente para o Festival do Balonismo, de composição mista e ativa durante o ano todo, consultiva mas capaz de garantir o pleno sucesso dos esforços organizativos articulando as ações dos vários responsáveis. Esta sugestão foi bem recebida pelo público presente que sublinhou a importância desta Comissão para cumprir as atuais exigências de gestão democrática e para aproximar definitivamente o evento à comunidade local.

A terceira intervenção foi da Professora Carla Patrícia Horn, Psicopedagoga, professora da rede pública Estadual que já há muito promove atividades relacionadas ao balonismo nas escolas, inflagem de balões, encontros e palestras com pilotos, inclusive estrangeiros, numa ótica interdisciplinar e abrangente. Mas a contribuição da Professora Carla Patrícia foi a narração de como um sonho de infância, nascido com a imagem de um balão recortado de uma revista, virou realidade com a realização de um primeiro voo, prêmio de uma ação promocional de uma empresa de telefonia, e com participação no Festival Internacional de Balonismo de Torres, pela primeira vez, em 1995.

A partir de então a Carla Patrícia participou ativamente de todas as edições, este ano a sua vigésima, passando rapidamente de simples espectadora, à margem do campo, a membro de equipes de balonismo, nacionais e internacionais, colaborando com vários pilotos como Luis Paulo Gnecco de Assis, Olivier Roux Devillas, mesmo em outros festivais e provas, operando atualmente na equipe da organização técnica do evento. O Reni Pinho, convidado na qualidade de patrocinador do evento e também de balonista, narrou o seu primeiro contato direto com o balonismo, quando foi convidado para um churrasco do CTG no recinto do evento, durante uma das edições do festival.

Esta atração para a modalidade, que o levou a se tornar piloto, foi impulsionado também pela própria filha, a piloto Laiz Pinho, única representante feminina no painel de pilotos desta edição do Festival. Estava também presente no palco o piloto Murillo Hoffmann, que fez o seu primeiro voo como passageiro com o Bruno Schwartz, com 11 anos, e que hoje opera no balonismo de forma profissional, trabalhando com a sua equipe para oferecer oportunidades para marketing de empresas e para turismo receptivo, mantendo assim viva em Torres a imagem de marca do balonismo durante o todo o ano. O encontro continuou com a interação entre os convidados, que relembraram as experiências juntos, e o numeroso público presente no Espaço Cultural, reforçando a importância de uma maior cooperação para garantir o fortalecimento e o crescimento do Festival Internacional de Balonismo de Torres.

Tommaso Mottironi

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