Os mesmos senadores que defenderam o voto aberto no caso Calheiros, em 2003 defenderam o voto secreto.
O Jornalista Fernando Albrecht, um dos mais respeitados colunistas de nossa imprensa, afirmou que daquilo que ocorreu dia 12 no recinto do Senado Federal, nada, mas nada mesmo ficou registrado, de forma alguma. Logo a tão polêmica sessão não ocorreu.
A OAB/SP deu sinais de que vai argüir a nulidade da referida sessão.
Li ontem no JC manifestação de leitor baixando a ripa no Congresso Nacional. Entendo necessário esclarecer algo, pois o Congresso Nacional é composto pela Câmara dos Deputados (câmara baixa) e o Senado Federal (câmara alta). Ambos reunidos formam o Congresso Nacional.
E o Presidente do Senado da República é também o Presidente do Congresso Nacional em suas reuniões.
Os Deputados federais representam a sua base eleitoral enquanto os Senadores são eleitos para representar os Estados (entes federativos) e não seus eleitores.
Tanto é verdade que quando os mesmos estão no estado de origem, o Governo do Estado lhes coloca à disposição um carro oficial com placa preta (representação).
Chega de rodeios e esclarecimentos, vamos ao que mais importa. Entendo eu que devemos nós, cidadãos, dar início a um movimento de âmbito nacional com o propósito de colocar no calendário nacional de eventos a data de 12 de outubro como o Dia Nacional da Vergonha.
Os três senadores que representam o nosso estado veraneiam em Rainha do Mar. Conheço os três e sempre tive respeito por dois deles.
Depois do dia 12 passado, nenhum deles mais merece o meu respeito. Aliás, o meu e o de mais nenhum gaúcho que tenha vergonha na cara.
E que não me venham com a “tertúlia flácida para dormitar bovis”, pois embora possa ter cara de idiota, eu não o sou.
Se algum dos senadores que estiveram em Brasília tivesse um pouquinho só de dignidade, no momento da votação, teriam se retirado, com isto não dando o quorum necessário.
Como disse, se tivessem realmente vergonha e respeito pela cidadania, teriam impedido a votação até que decidido fosse que a mesma seria aberta.
Finalizando, aqui vai o meu sentimento pessoal contra todos os membros daquela Casa Legislativa. Eles são uma corja. Tenho dito.
Enquanto traçava estas linhas lembrei de que a imprensa “esqueceu” a figura do senhor Paulo Feijó, vice-governador eleito.
Igualmente lembro de sua luta contra a manutenção do Presidente do BANRISUL.
Pois a grande imprensa esqueceu mas eu não. Faz poucos dias ouvi ou li algo sobre o referido banco. Que tem agência em Montevidéu, Capital da vizinha Republica Oriental do Uruguai. Até aí nada demais, pois dividimos uma extensa fronteira seca.
Mas o que realmente despertou minha atenção e acredito que aí resida a preocupação do senhor Paulo Feijó é o fato de que o BANRISUL mantém outra agência no exterior e adivinhem onde? Nas ILHAS CAIMÃS.
Estou falando muito sério. Isto precisa se muito bem investigado haja vista que as citadas ilhas são uma das maiores lavanderias de dinheiro do planeta.
Como se explica tal situação, hein Dona Yeda?
