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1ª Revoada a Torres decola para se tornar um grande evento

Como primeira edição e suas muitas dificuldades, a 1ª Revoada a Torres alçou vôo e o evento veio para ficar. Um bom público compareceu no sábado ao Aeroporto Regional do Litoral Norte para conferir as novidades desse encontro de aviação. Vinte e quatro aeronaves de três categorias pousaram no Aeroporto de Torres, sendo quatro aviões, 19 ultraleves e um helicóptero e seus pilotos prestigiaram o evento do Clube de Aviação de Torres (CAT). Assim, a Revoada começou melhor que o maior evento de aviação do mundo que ocorre em Oshkosh, nos Estados Unidos, e que atualmente recebe 10 mil aeronaves e aproximadamente um milhão de visitantes. Hoje denominada de Air Venture Oshkosh, a feira surgiu há 56 anos, começando com apenas três aeronaves e menos de 40 pessoas.

As aeronaves da Revoada a Torres vieram de Eldorado do Sul, Nova Prata, Flores da Cunha e Novo Hamburgo (RS), Cascavel (PR), Blumenau e Florianópolis (SC). Entre elas estavam uma de acrobacias e duas anfíbias (pousam e decolam na água e na terra). No total foram 56 pousos e decolagens. Outras duas aeronaves sobrevoaram Torres, mas não pousaram para exposição. A aeronave Universal da Força Aérea Brasileira (FAB) sobrevoou no sábado e no domingo e o Corisco do Aeroclube de Novo Hamburgo fez treinamentos, tocando a pista e arremetendo. Mas  a chuva em diversas regiões do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina fez com que a maioria dos pilotos retornasse ao seu destino já no final da tarde de sábado e as aeronaves que viriam de Porto Alegre no domingo não puderam comparecer. Dessa forma, apenas três permaneceram para o último dia, sendo que às 14h o comandante Menegon deu um show de despedida com dois vôos rasantes sobre o aeroporto.

Mais de 20 visitantes aproveitaram para fazer passeios aéreos, pagando apenas R$ 50,00. Também houve vários vôos gratuitos e dois sorteios através de rifa. Uma das sortudas foi Tayná Mattos, de 16 anos, que mora há 2 meses em Torres. A seu pedido, o pai comprou quatro números da rifa realizada pelo CAT, um para cada membro da família, pagando R$ 2,00 cada. Mesmo com medo de altura, ela não cogitou desistir e corajosa enfrentou o desafio. “Foi emocionante”, comentou no retorno.

Com os vôos baratos, sendo cobrado apenas o combustível, os sorteios e a entrada livre para os visitantes, o CAT tornou acessível um pouco do mundo da aviação a todos. “Optamos pela democratização do evento” destacou o presidente do clube, Gerson Güths. Ele salientou que o evento foi realizado com importantes apoios, mas sem patrocínio, mostrando que é viável. Mas, para a segunda edição buscarão recursos para torná-lo uma grande festa da aviação. A meta do clube é ousada. “No ano que vem a Revoada será internacional, pois buscaremos a participação de aeronaves dos países do Mercosul”, revelou Güths.

A Revoada recebeu a visita do prefeito João Alberto, que elogiou a iniciativa do CAT para movimentar o Aeroporto de Torres. “Essa é uma semente plantada em terra fértil e seguirá forte para se tornar um grande evento”, avaliou. A secretária de Turismo, Dóra Laidens, o secretário de Finanças, João Oriques, e o vereador Roniel Lummertz também prestigiaram o evento. O Clube de Aviação de Torres recebeu o apoio da Prefeitura, através da Secretaria de Turismo, Guarita Park Hotel, Brigada Militar, Sindilojas, Rádio Maristela, Ulbra, De Rose Palace Hotel, Mercado Benetti e Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Litoral Norte.

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