2012, Maias, Astros e Guerras
Acontece que essa semana tivemos uma prévia de algumas notícias ruins que fazem com que os mais trágicos digam: “viu só, é o final dos tempos!”. Fomos & #8220;bombardeados” por uma série de notícias e eventos nada animadores que acabaram pesando sobre o mercado financeiro. No final das contas encerramos essa curta semana com queda de ____% aos.
Começamos a quarta-feira de cinzas preocupados e atentos aos desdobramentos das tensões na Líbia. Em geral o mercado não gosta de guerra e indefinições…exatamente o que vem acontecendo. Alguns podem se perguntar: como isso pode ser tão ruim para economia?
As tensões no Oriente médio, em especial em países produtores de petr óleo, afetam negativamente a perspectiva de produção futura da commoditie, afetando o preço do petróleo, que sobe. Petróleo é um insumo para diversos produtos, só para citar: produtos plásticos, combustíveis, gás, borracha, asfalto, entre outros. Portanto se o petróleo sobe, seu efeito se espraia por toda a economia, gerando pressão de custos para diversos setores, o que acabaria gerando inflação. Como medida para conter essa eventual e possível inflação, as autoridades monetárias poderiam tomar medidas macroeconômicas, tais como elevação de juros e de aperto monetário, reduzindo o crédito disponível na economia. Se por um lado isso até poderia resolver a questão da inflação, por outro poderia gerar recessão e menor crescimento econômico, o que nunca é bom! Soma-se a isso o fato de que muitas economias importantes, tais como a europeia e americana, estão apenas se recuperando e um resfriamento de tal gênero poderia por fim a incipiente melhora que vem sendo percebida n esses mercados.
Não obstante, esses conflitos criam o receio de que a busca pela liberdade político-religiosa também se espraie para outros importantes países produtores de petróleo, tais como Irã e Arábia Saudita, o que seria potencialmente ainda mais negativo e que geraria ainda uma maior apreciação do petróleo. Esses países ainda hoje, vivem sobe o domínio de uma minoria que se beneficia de toda riqueza oriunda do petróleo, enquanto grande parte da população vive em situação bastante simples.
Além disso, nessa semana a China também apresentou dados que preocuparam o mercado. Su a balança comercial (saldo de exportações e importações) registou em Fevereiro o primeiro déficit em quase um ano, devido à diminuição do crescimento das exportações. Os números surpreenderam negativamente os economistas. Adicionalmente, os dados de inflação também se mostraram fortes, suscitandos novos questionamentos quanto a novas medidas de aperto monetário por lá.
Como se não bastasse, para encerrar a semana vimos a trágica notícia do forte terremoto, seguido da Tsunami que abalou o Japão. Além da tristeza por aqueles que morreram, os japoneses também tiveram u ma série de gastos e prejuízos com tal evento e gastarão ainda mais para reconstruir e consertar parte dos estragos.
Parece que os astros estão de mal com o mundo, especialmente com os investidores. Parece que alguma coisa está fora de órbita e que conspira para que eventos ruins aconteçam aqui embaixo na Terra. Será que Plutão esta fora de órbita? Ou será a Lua? Ou será que os Maias estavam certos? Particularmente não acredito em nada disso e prefiro pensar que nossa bolsa apenas passa por um momento ruim, influenciado pelos fatores externos e que os nossos fundamentos (economia do Brasil) continuam muito bem!