Veja o que muda para os brasileiros com o novo acordo ortográfico
O acordo ortográfico, que unifica a forma como é escrito o português nos países que falam a língua, aprovado ontem (16) pelo Parlamento de Portugal, vai modificar 0,43% do dicionário brasileiro. Os portugueses, que levaram 16 anos para ratificar a proposta e não tinham aderido à reforma ortográfica de 1971, terão que alterar 1,42%.
Na avaliação do professor Godofredo de Oliveira Neto, presidente do Conselho Diretor do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) e da Comissão de Definição da Política de Ensino, Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa (Colip), ligada ao Ministério da Educação, as principais mudanças para os brasileiros serão a extinção do trema e mudanças no uso do hífen e de acentos diferenciais.
Confira as alterações que o novo acordo trará para o português escrito no Brasil:
Alfabeto | Passará a ter 26 letras, ao incorporar “k”, “w” e “y” |
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Trema | Deixará de existir, só permanecerá em nomes próprios, como Hübner ou Müller |
Acento agudo | Desaparecerá nos ditongos abertos “ei” e “oi” em palavras como “idéia” e jibóia” e nas palavras paroxítonas com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo em palavras como “feiúra” |
Acento circunflexo | Desaparecerá em palavras com duplo “o”, como vôo e enjôo e na conjugação verbal com duplo “e”, como vêem e lêem |
Acento diferencial | Não se usará mais acento para diferenciar “pára” (verbo) de “para” (preposição) ou “pêlo” (substantivo) de pélo (verbo) e pelo (preposição mais artigo) |
Hífen | Desaparecerá em palavras em que o segundo elemento comece com “r” e “s”, como “anti-rábico” e “anti-semita”. A grafia passará a ser “antirrábica” e “antissemita”. O hífen será mantido quando o prefixo terminar em “r”, como em “inter-racial” |
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