"Para onde vai o ludopédio? - Litoralmania ®
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“Para onde vai o ludopédio?

O Sport Club Internacional fez um fiasco enorme neste início de semana. Sobre isto nem vou falar, pois penso que assunto esgotado.

Lembro que não faz muito tempo num jogo entre o time gaúcho e o Corinthians, o Ronaldo Fenômeno, já com idade avançada e muito acima do seu peso ideal, literalmente entornou o zagueiro Indio por quatro ou cinco vezes até deixá-lo deitado no gramado fazendo então o gol. Queriam que resultado?

No meu tempo de guri e não faz muito mais que meio século, havia em Porto Alegre diversos times, a saber; Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Nacional, São José, Renner e Força e Luz.

No interior havia cidades com até três clubes. Pelotas tinha Pelotas, Brasil e Farroupilha. Caxias tinha Flamengo e Juventude. Rio Grande tinha Rio Grande, Riograndense e São Paulo.  Havia dois clubes em Passo Fundo, Santana do Livramento, Erexim. Carazinho, Uruguaiana. No momento não recordo os demais clubes o que não influiu no raciocínio que pretendo externar. No campeonato gaúcho de 54 o Renner recebeu o Juventude no estádio Tiradentes. Os gringos fizeram 2 gols e levaram 9 na bagagem.

Hoje temos poucos clubes e num futuro não muito distante penso que o futebol profissional vai ficar embretado. Quando eu fazia de conta que era árbitro os jogadores profissionais corriam em média 6 quilômetros durante um jogo. Hoje correm 12 quilômetros, ou seja, pela movimentação o campo ficou reduzido à metade. Difícil um futebol vistoso e técnico como outrora. Mas aí começa o problema, pois o organismo humano tem limitações e o que pode um ser humano dar já está no limite.

Hoje surgem as fraturas ósseas por stress. Se mantidos os calendários como hoje, nos próximos vinte anos os clubes que conseguirem continuar existindo necessitarão não mais de um elenco de 30, mas talvez de 250 ou 300 atletas, pois os problemas de lesões vão se avolumar de uma maneira incontrolável. E aí será impossível manter clubes profissionais. Os bem jovens devem começar a pensar seriamente nisto, pois inevitável, infelizmente.”

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