Vendendo vento em garrafão
VENDENDO VENTO EM GARRAFÃO!!”.
Naquela época, ainda não existia qualquer projeto de usina eólica no território nacional. Era coisa de europeus e americanos que só ouvíamos falar nas histórias de Don Quixote e seus moinhos de farinha tocados a catavento. Hoje Osório e o litoral norte perfilam aerogeradores onde antes se ‘plantavam’ bois e arrozais ou onde nada mais acumulavam senão dunas insólitas e sem qualquer futuro econômico.
Osório já começa a ter sua usina duplicada e, de lambuja, recebe a notícia de que novos empreendedores da serra gaúcha estão trazendo uma outra Usina Eólica de médio porte.
O vento que a todos incomodava e trazia poeira pra lacrimejar os olhos, agora nos trás esperança de novas e consideráveis fontes de renda, emprego e atração de mais empresas. As grandes empresas da Serra Gaúcha já olham para Osório e percebem a excelente localização, que em muito facilita a logística de acesso aos portos de Porto Alegre e Rio Grande.
Além disso, a farta oferta de energia e de redes de distribuição, aliadas à imensidão dos mananciais são complementos importantes para ajudar na decisão de pra cá transferir suas plantas produtivas. Empregos, com bons salários, teremos com fartura. Resta saber se teremos como receber e acomodar de forma digna as inúmeras pessoas que para cá virão atrás destas oportunidades de trabalhar e de bem morar.
Uma das únicas cidades do litoral que ainda não possui favelas, Osório terá por desafio o planejamento de um crescimento diferenciado para os próximos anos. Mobilidade urbana, logística de transporte público, moradias, saneamento, escolas e lazer para seus moradores, entre outras celeumas.
Não são poucos os desafios para o novo prefeito a ser eleito em 2012. A perda dos fartos recursos da Petrobrás, prevista para 2014, começa a ser vislumbrada no horizonte e serão necessárias muitas empresas e dezenas de novas torres de captação de energia para cobrir o rombo deixado pela ida do Tedut para Canoas e, ainda, permitir novos investimentos, tão necessários para um desenvolvimento sustentável da cidade.
Crescimento sem planejamento resulta no que ocorre com Tramandaí e Xangri-lá, onde as favelas se amontoam na mesma velocidade com que surgem prédios de 18 andares. Condomínios de luxo ao lado de casebres de compensado e papelão não são desejáveis na Osório que queremos.
Mas política pública urbana precisa ser feita com longo prazo, por isso o PPA (Plano Plurianual) é construído de 4 em 4 anos.
Abrindo um parêntese, nosso ilustre prefeito Romildo afirma que o Teleférico vai ser construído e que o projeto está na fase de liberação das Autorizações do Ibama, Fepan, etc.