Avança colheita dos grãos de verão no Estado
No caso do arroz, segundo o Informativo Conjuntural, o avanço rápido da colheita pode ser atribuído ao clima, já que a ausência de chuvas faz com que a retirada do produto das lavouras ocorra sem grandes empecilhos. A produtividade obtida também apresenta níveis elevados, dando indícios de que o rendimento médio deverá ficar acima da previsão de 7.089 quilos por hectare. Apesar da boa colheita, o cenário para o produtor segue desfavorável em relação à comercialização. Na última semana a saca de 50 kg foi vendida em média por R$ 21,09.
Assim como observado no arroz, a produção das lavouras de milho e soja tem satisfeito os agricultores, já que as cargas retiradas superam o esperado. A produtividade média da soja no Estado está ficando acima dos 2,5 mil kg/ha nas principais regiões que se dedicam ao cultivo. No caso do milho, o cenário é ainda melhor no que se refere à comercialização – a saca de 60 kg é vendida em média por R$ 24,27.
As condições meteorológicas estão favoráveis aos cultivos de hortigranjeiros em quase todo o território gaúcho, com boa insolação e temperaturas elevadas durante o dia, possibilitando o bom desenvolvimento das culturas, à exceção dos locais onde a estiagem se faz mais forte. O abastecimento nas feiras e mercados é normal, com oferta e demanda estabilizadas. No geral, os preços da maioria dos produtos também se mantiveram estáveis.
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, os produtores têm se reunido com as prefeituras e escritórios da Emater/RS-Ascar, a fim de organizar o fornecimento de produtos para atender às chamadas públicas, visando ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Também no Alto Jacuí e Noroeste Colonial, está iniciando de forma mais intensa a venda para alimentação escolar.
Em relação às criações, o quadro de estiagem segue inalterado na Metade Sul, o que está afetando seriamente o desempenho da bovinocultura de corte nos municípios de Bagé, Hulha Negra, Candiota, Dom Pedrito e Aceguá, localizados na Zona da Campanha, e de Jaguarão e Pinheiro Machado, na Zona Sul. A oferta de animais aptos para o abate nestas regiões continua bem abaixo do normal.