Fernanda Borges lança livro e reencontra amigos na 11ª Feira do Livro de Torres
Ela contou que a obra nasceu de três motivos diferentes. “O primeiro deles é porque eu sou ‘torrense’ e essa cidade tem uma história com características muito locais e pouco conhecidas”. O segundo motivo é relacionado à literatura. “Em meu processo acadêmico, estudei duas coisas que mexeram comigo particularmente. Uma delas foi um romance de Sartre, “A Náusea”, e o outro foi o estudo de Antropofagia Cultural, na qual o criador, Oswald de Andrade, diz que o brasileiro não é existencialista. A obra ‘Torres em Transe’ passa por esses dois elementos, o que chamo de releitura antropofágica”, revelou. O terceiro está relacionado à passagem em que a cidade de Torres se encontra. “A passagem de Torres se confunde no livro com a iniciação da personagem, Maria, na medida em que ela vai ampliando sua consciência, saindo do lugar comum”.
A escritora, filósofa e doutora em comunicação e semiótica e autora de outros três títulos, também falou sobre as mudanças observadas hoje em Torres. “Evoluimos, algo já esta sendo feito, mas é preciso que às pessoas se apropriarem disso para que todos evoluam”, disse. “É preciso construir uma identidade torrense, pois Torres existe e não é só turismo, ela não é apenas uma cidade cenário, ela está no mapa e há pessoas que vivem aqui o ano inteiro”.