Jornais do mundo dão destaque aos protestos
Com várias fotografias mostrando os confrontos entre policiais e manifestantes, o El País diz que as manifestações foram as mais violentas, desde 1992, quando houve os protestos contra o então presidente Fernando Collor de Mello. O texto destaca que mais de 200 mil pessoas saíram às ruas das principais cidades do país.
O jornal italiano Corriere della Sera destaca, também na capa, que os manifestantes protestaram contra o aumento dos preços das passagens de ônibus e os gastos públicos com a Copa do Mundo de 2014. As fotos que ilustram a reportagem são do protesto em Brasília, com a ocupação da rampa do Congresso Nacional, e as manifestações nas ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro.
O Corriere della Sera menciona a afirmação do secretário-geral da Presidência da República do Brasil, Gilberto Carvalho, que disse que a presidenta Dilma Rousseff está “preocupada” com os protestos.
O jornal britânico The Guardian ressalta, na reportagem, que a maioria das manifestações começou de forma pacífica, mas ao longo dos protestos, houve enfrentamento entre manifestantes e policiais. O jornal destaca a informação da ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, de que Dilma acredita que “os protestos pacíficos são legítimos e adequados”.
No texto do The Guardian, há informações de que os líderes dos protestos usaram as redes sociais, como o Facebook, para chamar os manifestantes para os atos.
O jornal francês Le Monde publicou uma reportagem, em tópicos, destacando as manifestações em Brasília, São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. A violência é ressaltada no texto e nas fotografias de manifestantes feridos. Há, ainda, menção ao jogo do Taiti e da Nigéria, em Belo Horizonte, na Copa das Confederações. O estádio em que ocorreu a partida também foi alvo de protestos.
O jornal norte-americano The New York Times publica um texto com vários adjetivos informando que os manifestantes reclamaram do “alto custo de vida e gastos extravagantes” com a Copa do Mundo de 2014. Também faz críticas à ação policial, avaliando que houve o uso da “mão pesada” por parte dos policiais.
No The New York Times, há uma galeria com imagens de manifestações em várias cidades do país. O texto compara os protestos no Brasil aos ocorridos na Turquia, em Nova York e Oakland, nos Estados Unidos, na Espanha, na Síria, na Líbia, no Bahrein, no Egito e na Tunísia.