Colunistas

A César o que é de César

No dia 27 de agosto de 2007, escrevi o meu texto de estreia no Litoralmania, o jornal eletrônico mais acessado de todo o Litoral Norte do Estado do Rio Grande do Sul. Daquela data até hoje, foram 131 artigos gerados, não poucas vezes, nas mais insólitas horas das madrugadas indormidas.

Através de cada um dos seus colunistas, a fiel malha de leitores e admiradores de Litoralmania não apenas multiplicou-se como se estendeu a limites que ultrapassam, em muito, as margens do Mampituba.

Soube, recentemente, que conto com leitores na Bahia e no Estado do Rio Grande do Norte; alguns dos meus companheiros de colunismo os têm nos mais distantes rincões desta aldeia global.

Qual o segredo desse vitorioso empreendimento dos jovens redatores e diretores do Litoralmania? Dentre os tantos quesitos, certamente, o espaço que Litoralmania oportuniza aos leitores para que estes façam livre, incondicional e democraticamente seu comentário a respeito dos textos, acerca tão somente do pensamento de cada articulista.

Lembro-me de um artigo em particular que suscitou a discordância, a revolta, a ira, enfim, de alguns Defensores Públicos. Outras crônicas foram objetos de réplicas contundentes ao meu ponto de vista nelas expressado. Esses leitores, no entanto, foram extremamente respeitosos ao mais amplo exercício de democracia: expuseram seu protesto discordante direcionando-o, apenas, ao campo das ideias.

Outros – sempre os há, ainda que uma minoria, é justo dizer –, extrapolaram estes limites, tecendo críticas de cunho indubitavelmente pessoal, valendo-se, inclusive, de meios indiretos de provocar uma reação deste colunista, subestimando, assim, a sua (a do colunista) inteligência.

Quando leio comentário eivado do mais corrosivo ciúme e recalque pessoal a qualquer um dos meus confrades colunistas, gostaria que estes (meus confrades) também fizessem a leitura que faço, quer seja, deleito-me no fato de que o comentarista, no mínimo, acessou e leu o meu artigo. É o que mês basta!

Em contraponto ao pensamento de Nicoló Maquiavel, em O Príncipe, de que “É melhor ser temido do que ser amado”, sentencio: – Melhor ser exaustivamente criticado, porém lido!

Pode não servir de consolo para alguns dos meus companheiros de colunismo, mas vai como um lembrete a uma situação nada diplomática que venho observando amiúde: não respondam ao leitor no espaço que é somente dele, o leitor. É uma questão de fineza, de savoir-vivre!

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