A fritada
Não sou de maneira nenhuma contra as motos. Pelo contrário, acho-as lindas. Algumas parecem um verdadeiro cavalo de ferro, com seus cromados e cores fortes. Se tivesse coragem até subiria em cima de uma pra dar umas voltas.
Evento bonito, feito num lugar apropriado, beira-mar, atrativo para muitos caponenses que não tem muito o que fazer nestes meses de inverno. E atrai também os motoqueiros que vem para cá para participar. É sempre um dinheirinho a mais para os comerciantes, não é mesmo? O problema, (lá vem o bocão) é que muitos motoqueiros não sabiam, ou faziam que não, onde deveriam ficar para fritarem seus pneus.
Então vimos um verdadeiro passeio de motos pela cidade toda…fritando pneus e os tímpanos de quem gosta e não gosta deste tipo de evento. Moradores que gostariam de dormir mais cedo porque trabalham no dia seguinte, ver suas tv’s num volume razoável, enfim.
Um evento com o apoio da prefeitura, ótimo, pois nem sempre concede tal benefício. Mas onde a fiscalização para evitar os abusos? Onde os brigadianos que fervem durante o verão? Onde os fiscais que cuidam deste tipo de problema? Sem contar os carros com som turbinado que não são abordados o ano todo. Não têm fiscais. Os brigadianos não têm efetivo suficiente para dar cobertura no inverno. Mal conseguem coibir a violência que ocorre por aí. Esse não têm fiscais não é uma figura de retórica simplesmente. Foi dito pelo senhor prefeito em uma reunião para definir a reforma do banheiro da praça José Agostinelli. Quem ia cuidar para que não fosse depredado durante o ano, pois não tinham fiscais suficientes. Os quiosqueiros ficaram de cuidar disto. Só ai se resolveu o problema. È, pelo jeito vamos continuar a quebrar os ovos durante muito tempo ainda. Quem sabe até quando Capão perceber que Capão não é uma cidade turística e sim de veraneio.