A inauguração do Autódromo de Tarumã
No final do ano de 1970 foi inaugurado o Autódromo de Tarumã. Na prova de abertura foram disputadas as “Doze Horas de Porto Alegre”, Paulo Dable, Harley Dullius, Breno Wiethölter e Vitola se acomodaram no “fusquinha“ do Cláudio Brandt e rumaram para a nova pista de corridas. Antes, porém, visitaram o bar particular do Severo Dullius, pai do Harley, e abasteceram-se com duas garrafas de vodca polonesa. Tudo isso foi visto pela mãe do Harley, Dona Wilma, que, à distância, presenciou ao saque. Ela escutou também a conversa de que o quarteto, antes de rumar a Viamão, passaria na casa do Breno.
Mal o grupo saiu, Dona Wilma telefonou para a mãe do Breno:
— Circe, o Breno, junto com a turma, vai a Tarumã. Roubaram do bar do Severo duas garrafas de vodca e guardaram numa sacola azul. Vão passar pela tua casa. Dá um jeito…
De fato, quando por lá chegaram, deixaram o carro aberto na frente da casa e foram todos chamar o Breno. Isto feito seguiram para a corrida. Acomodados, foram à cata da vodca e se surpreenderam que, em seu lugar, na sacola, havia dois tijolos…
O Túnel da Conceição
Beto Vitola possuía um Aero Willis, com o qual saía à noite a vagar. Seu fiel companheiro nessas horas era Zé Pinto. Numa madrugada, novembro de 1972, o túnel da Conceição recém havia sido inaugurado. Ao acessarem esta obra nova, vindos da Oswaldo Aranha em direção à Faculdade Católica de Medicina erraram de pista, e dirigem na contramão. Parados por soldados da Brigada e indagados do destino, Vitola tentou iludir os policiais com a única saída que lhe veio à mente:
— “Seu” guarda, o meu amigo perdeu um parente que está sendo velado nas capelas do lado da faculdade. Estamos nervosos. O túnel é novo e erramos o caminho.
— Sendo assim, vamos acompanhá-los às capelas.
Com paciência, escolheram e entraram num dos velório (havia duas ou três capelas abertas), o de maior número de pessoas, Acomodaram-se até que os guardas fossem embora, não sem antes renderem homenagem ao defunto, ao pé do caixão, simulando abalo e comoção.
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Ao retornar das férias em Santa Catarina José Luiz Cunha Rangel Pinto envolvera-se em acidente na malfadada BR-101. Perdeu prematuramente a vida.
Era fevereiro de 1996.