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A lista de Schindler. – Erner Machado

A LISTA DE SCHINDLER.

Sei que muitos dos meus amigos já viram este filme.

Eu não o tinha visto e assisti numa das minhas noites deste abril de 2021.

Desnecessário lembrar que o filme conta história de um empresário de origem alemã, espião e filiado ao partido Nazista que, durante a Segunda Guerra Mundial, protegeu judeus poloneses, empregando-os em suas fábricas e livrando-os, assim dos sofrimentos e da morte que eram impostos aos membros daquela etnia, pelas forças do Ditador Adolf Hitler.

A Segunda Guerra mundial, foi o maior conflito armado da idade moderna, o qual deixou como saldo a quantidade astronômica de 85 milhões de pessoas mortas que representavam 3 por cento da população do mundo que, em 1940, era estimada em 2,3 bilhões de pessoas.

Dentre estes mortos encontram-se o número aproximado de 6 milhões de judeus- crianças, mulheres e homens- e outros 5 milhões de pessoas que eram ciganos, poloneses, comunistas, prisioneiros de guerra soviéticos, homossexuais, testemunhas de Jeová e doentes físicos e mentais.

Para proteger os seus “empregados” Oskar Schindler usava de sua influência perante os dirigentes alemães e quando necessário, subornava-os mediante pagamento em dinheiro ou em joias.

Paralelo a atividade industrial das fábricas de Schindler operadas por judeus, o filme apresenta, do começo ao fim, cenas bárbaras de execuções sumárias coletivas ou individuais, dos judeus prisioneiros em guetos ou em campos de concentração.

Chama a atenção a frieza, a crueldade e trivial naturalidade com as quais os covardes e fanáticos assassinos praticavam seus atos , sendo elogiados e condecorados por seus superiores em banquetes, com lindas mulheres e regados a caviar, a vinho e champanhe francesa onde riam e se vangloriavam das mortes impingidas às inocentes e indefesas vítimas que, para eles eram considerados como animais – cães, raposas, ou ratos…

O filme acaba quando Oskar Schindler consegue colocar em um trem mais de 1.200 judeus entre homens mulheres e crianças e desembarca-los são e salvos em Brunnilitz, na antiga Tchecoeslováquia.

O filme acabou e eu fiquei entregue a uma profunda reflexão que, por dolorosa, “ me quebrou o vidro dos olhos” e fez perguntar a mim mesmo:

Como podemos, enquanto Seres Humanos, irmãos de todas vítimas, deixar que uma fatalidade, desta magnitude, tenha acontecido ?

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