Colunistas

A praça é do povo

A praça, outrora chamada Praça da matriz, era o lugar sagrado,onde as moças com seus vestidos  rodados e os rapazes em seus ternos de linho, cabelos engomados com brilhantina e os sapatos brilhantes, nos domingos ensolarados e o céu de anil, engalanavam a cidade, passeavam nas calçadas, depois da missa dominical. Era o lugar de encontros dos namorados, dos flertes,dos passeios da amigas de braços dados. Alguns sentavam nos bancos de pedra,para admirar os canteiros floridos e sentir seu perfume adocicado. Outros sentados de mãos dadas trocavam juras de amor.

Ao redor da praça havia dois cinemas: o cine Labor e o cine Central,lugar de lazer dos habitantes, também o Clube Comercial, onde se realizavam os famosos bailes e domingos à tarde reuniões dançantes para a juventude.

A praça era o lugar onde se recebiam as autoridades, aconteciam as horas cívicas nos dias comemorativos como 21 de abril, Tiradentes, Dia da Árvore e na Semana da Pátria aos acordes do Hino Nacional.

Na pequena cidade todos se conheciam. Eram amigos.

Os tempos mudaram .A cidade foi crescendo e a praça se transformou. Os jovens já não sentam mais nos bancos da praça para namorar, mas preferem as escadarias da igreja para seus bate-papos costumeiros.

A praça agora, chamada Praça da Catedral, com seus canteiros simétricos não é somente, um lugar para passeios descompromissados. Nela acontecem os mais variados encontros.

Até pouco tempo atrás abrigava a Feira dos Produtores, aos sábados pela manhã. Era um burburinho de gente comprando, encontrando com os amigos Apresentação de bandas.

Os artesãos expõem seus trabalhos,os artistas suas telas. O vendedores ambulantes mostram seus objetos.

Até um músico peruano tocou músicas típicas de seu país e ofereceu CDS aos passantes.

Na época de eleições os partidos fazem comícios e bandeiradas. No Natal acontecem as apresentações, a chegada do Papai Noel, os fogos de artifícios, os ternos de Reis.

Algumas vezes as Feiras do Livro ocuparam a praça que tornaram-se uma grande festa com as bancas dos livreiros, palestras de escritores famosos,teatros, encenações,hora do conto, sessões de autógrafos. O povo transitava e se alegrava comprando, folheando livros, as crianças se aglomeravam nas bancas de livros infantis encantadas.

É palco dos mais variados shows Até a Tafona já aconteceu na praça.

Nos fins de semanas,quando o sol se faz presente com seus raios luminosos, as famílias,os amigos se reúnem para o saboroso chimarrão.

A praça agora é do povo. O povo aproveita todos os acontecimentos que nela se realizam.

As pessoas se encontram para bate-papos, cultivam amizades num ambiente alegre e gostoso.

Comentários

Comentários