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Abertura de corredor de passagem na BR-101 é fruto de melhoria de status sanitário gaúcho

Está liberado a partir desta sexta-feira (30) o trânsito de produtos de origem animal do Rio Grande do Sul pelo corredor de passagem da BR 101. Inicialmente, produtos como leite UHT e em pó gaúchos poderão ir para outros Estados passando por Santa Catarina e desafogando as outras quatro barreiras já existentes, principalmente a BR 116.

A autorização foi entregue pelo secretário da Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, ao secretário da Agricultura do RS, Claudio Fioreze, em ato realizado nesta sexta-feira no posto de divisa de Torres, no Litoral Norte do Estado.

As empresas transportadoras interessadas em utilizar o corredor precisam cumprir com os procedimentos preestabelecidos e devem solicitar autorização prévia à Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

O trânsito dos demais produtos de origem animal industrializados deve ser liberado gradativamente, após a instalação do novo sistema informatizado, que vai substituir a forma manual de fiscalização e diminuir o tempo de espera dos caminhões.

Conforme Fioreze, um milhão de litros de leite sai do RS diariamente com destino a outras regiões do País. Com o corredor, os custos de transporte serão reduzidos e os produtos poderão fazer um trajeto mais seguro e ágil.

“O corredor é um fator de grande importância para a nossa economia. Alguns passos ainda precisam ser dados, vamos avançar ainda mais com a liberação da passagem de outros produtos”.

O secretário da Agricultura de Santa Catarina, na ocasião, destacou as vantagens que os dois Estados terão com a iniciativa. Para Spies, além de desafogar o trânsito de caminhões das estradas de pistas simples, o corredor sanitário na BR 101, que é duplicada, vai proporcionar maior segurança e aumentar a vida útil das demais rodovias. “Também podemos ressaltar o aspecto ambiental, uma vez que muito combustível fóssil deixa de ser queimado à toa para a carga chegar no mesmo destino”.

A ação foi baseada fundamentalmente na segurança sanitária e na racionalidade econômica. O Rio Grande do Sul trabalha para atingir o status sanitário de Santa Catarina. O Estado vizinho possui certificado de livre da febre aftosa sem cobertura vacinal, o que garante acesso aos mercados mais exigentes. Segundo o superintendente do Mapa no RS, Francisco Signor, a produção gaúcha está no caminho para atingir o mesmo status e, por isso, o diálogo entre os dois deve ser flexibilizado para que, em breve, o posto de divisa esteja aberto para o trânsito de outros produtos.

A prefeita de Torres, Nilvia Pereira, enfatizou a sensibilidade dos governos na ampliação dos serviços do posto. Destacou que, a partir do ato, novos arranjos produtivos podem ser criados no município e se colocou à disposição para contribuir com a melhoria da infraestrutura do local.

O trânsito inaugura uma integração entre as secretarias da Agricultura e da Fazenda e entre os dois Estados. Além da ação, através de investimentos do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), os demais postos de divisa do Estado estão sendo qualificados.

Também participaram do evento o presidente da Cidasc, Enori Barbieri, o representante da Secretaria da Fazenda do RS, Rogério Thudiun. e o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, entre outras autoridades.

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