A presença das palometas, espécie de peixe conhecida como “piranhas”, foi oficialmente confirmada no Litoral Norte, mais especificamente na bacia do rio Tramandaí.
A descoberta ocorreu na lagoa da Fortaleza, em Cidreira, pela equipe do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
O professor Fábio Lameiro, do Ceclimar, alerta para o comportamento territorialista e voraz desses peixes de água doce, que atualmente não toleram a salinidade.
A presença das palometas na região preocupa, principalmente pela falta de predadores naturais nas lagoas.
O comitê da bacia do rio Tramandaí está discutindo medidas apropriadas diante dessa nova realidade.
O registro das palometas foi possível graças ao empresário Daniel Guglieri, da peixaria Casa do Pescador, que recebeu um exemplar de um pescador amador.
O animal, que não era comum na região, foi entregue ao Ceclimar para análise.
Embora ainda não se saiba se há mais palometas e se estão em áreas rasas, os órgãos responsáveis, incluindo o Ibama, já estão monitorando a situação desde 2021, quando a espécie apareceu no rio Jacuí.
A presença das palometas na bacia do rio Tramandaí levanta questões sobre possíveis impactos na ecologia local e a necessidade de ações preventivas para preservar a segurança de banhistas e a biodiversidade aquática.
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