Alceu Moreira acusa PT de pressionar contra votação do novo código florestal
Se o código não for aprovado, uma quantidade incalculável de produtores de pequeno porte terá até 11 de junho para fazer a averbação dos espaços de reserva legal e de preservação permanente nas suas propriedades ou entrarão para a ilegalidade perante a Lei. Alceu Moreira frisou que a não votação do código rompe com um acordo chancelado pelo presidente da Casa, deputado petista Marco Maia, que teria se comprometido em colocar a matéria na pauta de votação ainda no mês passado.
“O PT está escanteado pela maioria dos partidos no Congresso no que se refere à votação, então se faz valer de artifícios regimentais para empurrar com a barriga uma posição”, argumentou o deputado. Partidos como PMDB, PSDB, PP, PDT, DEM e PCdoB são favoráveis à aprovação do novo código, relatado pelo deputado Aldo Rebelo, do PCdoB de São Paulo.
“As florestas devem ser preservadas, isso é justo com o meio ambiente, só não se pode criminalizar os produtores, em um país com vocação produtiva, por plantarem em suas propriedades sem nenhuma garantia ou compensação. Isso reflete a máxima de que temos um Congresso urbano num país rural”, declarou.
Alceu Moreira ainda frisou que “para quem veio da roça não há como compreender que um deputado que se diz representante do pequeno produtor se posicione contrário aos interesses de quem representa. É a favor de um pré-conceito urbano ou uma aspiração internacional com o único intuito de reduzir a capacidade produtiva do país manifestada nos corredores do Congresso através de ONG’s muito bem pagas e informadas”.
A não aprovação do código pode acarretar, entre muitas coisas, na diminuição da produção e, consequentemente, no aumento do preço dos alimentos. “Podemos chegar ao cúmulo de eleger um cidadão com mãos calejadas como criminoso. Seu crime, produzir alimentos”, fechou o deputado.