Alerta! Fumaça tóxica da Amazônia invadirá o RS
Um novo episódio de poluição por fumaça proveniente das queimadas na Amazônia está prestes a atingir o Sul do Brasil, com impactos significativos, especialmente no Rio Grande do Sul.
A MetSul Meteorologia alerta que um denso corredor de fumaça, resultado de milhares de focos de calor na região amazônica e países vizinhos, está se deslocando em direção ao Sul, trazido por uma corrente de jato em baixos níveis.
Impactos da fumaça:
- Redução da visibilidade: A fumaça causará uma redução significativa da visibilidade, com o céu adquirindo um tom acinzentado e aspecto fosco.
- Degradação da qualidade do ar: A presença de partículas finas na fumaça pode agravar problemas respiratórios e afetar a saúde da população, principalmente em áreas com maior concentração de poluentes.
- Aumento das temperaturas: A chegada da fumaça coincide com um aumento das temperaturas no Rio Grande do Sul, com previsão de tardes mais quentes e marcas próximas ou superiores a 30°C em algumas cidades.
Origem e trajetória da fumaça:
A principal origem da fumaça está no Sul da Amazônia, em regiões como o arco do desmatamento, Rondônia e Bolívia, onde o número de queimadas tem sido extremamente elevado neste mês de agosto.
A fumaça é transportada por uma corrente de vento quente e seco que se origina na Amazônia e desce até o território gaúcho, percorrendo milhares de quilômetros e abrangendo uma vasta área.
Dados alarmantes:
Imagens de satélite mostram uma alta densidade de aerossóis na região, indicando uma quantidade substancial de fumaça.
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O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou um número recorde de focos de calor na Amazônia brasileira em agosto, superando a média histórica.
Previsão para os próximos dias:
Espera-se que a fumaça atue sobre o Sul do Brasil durante o final de semana e início da próxima semana, antes da chegada de uma massa de ar frio que possa limpar a atmosfera.
A MetSul recomenda que a população fique atenta às informações e adote medidas para proteger a saúde, como evitar atividades físicas ao ar livre nos horários de maior concentração de poluentes e utilizar máscaras de proteção.
Queimadas na Amazônia Superam Expectativas em Agosto:
Em agosto, a Amazônia sofreu um aumento alarmante nas queimadas, com a área afetada pelo fogo alcançando 2,5 milhões de hectares, quase o dobro da média histórica de 1,4 milhão de hectares para o mês.
Os dados foram fornecidos pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ).
Desde o início do ano, os incêndios na região devastaram mais de 4,1 milhões de hectares.
O Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), identificou uma alta concentração de gases poluentes que se estende da Amazônia ao Sul do Brasil, afetando mais de dez estados.
Além disso, os níveis dos rios na Amazônia estão registrando sinais preocupantes de seca extrema, que tende a se intensificar com a chegada do período mais crítico de estiagem em setembro.
Ou seja, o problema está longe de acabar.
Um problema global:
As queimadas na Amazônia são um problema ambiental grave com impactos globais. A fumaça liberada contribui para o aquecimento global e afeta a biodiversidade da região.
É fundamental que sejam tomadas medidas para combater as causas das queimadas e proteger um dos maiores biomas do planeta.
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