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Alexandre Abe dá sua versão sobre o caso Tairone. Veja como foi o crime, segundo o réu.

O réu Alexandre Abe esteve na tarde desta quarta-feira, na cena do crime, onde foi morto o boxeador Tairone Silva, no dia 11 de março de 2011, na Rua Farrapos, em Osório.

Abe deu sua versão sobre o fato e alegou ter atirado no boxeador em legitima defesa.

O Litoralmania conversou com os advogados de Abe. Segundo Tissiano Jobim, o fato foi uma fatalidade: “não vejo nada além de uma legitima defesa”.

Ainda de acordo com Jobim, o ex-policial militar já havia participado de 138 prisões, sem nunca ter dado um único tiro.

Indagado pela reportagem de o porquê de Abe em um primeiro momento não ter assumido ser o autor do crime ao levar a vítima para o hospital junto com a mãe de Tairone, o advogado disse que o réu teve medo de tomar tal atitude: “seria linchado, instinto de defesa”.

Para Nestor Pires que também representa o réu, se Abe não tivesse atirado, hoje a vítima fatal seria o ex-policial: “matou em legitima defesa, se não tivesse agido desta forma, quem estaria morto seria Alexandre Abe”.

Os advogados de defesa estão tentando na justiça que o réu responda o processo em liberdade e tentarão tirar o júri popular da cidade, para que a comoção da comunidade não influencie no julgamento.

Veja abaixo como teria sido o crime, na versão de Alexandre Abe.

Fotos: Rogério Reinheimer Bernardes/Litoralmania


1 – Alexandre Abe (Esquerda) – Tairone (Figurante do Meio) – Testemunha que ajuda a levar Tairone para hospital (Figurante Direita)

Alexandre Abe dá sua versão sobre o caso Tairone. Veja como foi o crime, segundo o réu.


2 – Abe está dentro de seu pátio, quando Tairone passa na rua rindo e ofendendo o ex-policial militar.

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3 – Alexandre Abe interpela Tairone e pergunta até quando o boxeador vai ficar lhe ofendendo.

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4 – Tairone agride Abe.

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5 a 5.4- Abe por ser policial militar está com a arma na cintura e os dois lutam por ela.

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6 – Abe consegue pegar a arma e ao ver que não teria força na luta corporal contra o boxeador atira em sua perna. Notando que Tairone ia voltar a atacá-lo, alveja novamente buscando o mesmo alvo, mas o tiro acaba atingindo o quadril da vítima.

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7 – Abe segura a cabeça de Tairone e chama sua esposa para lhe trazer o celular para pedir ajuda.

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8 – Abe tenta ligar para o 190 e 193, sem conseguir completar as ligações. A mãe de Tairone chega.

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9 – Abe pega o carro para socorrer Tairone.

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10 – Um homem que está passando ajuda Abe a colocar Tairone no carro e ir para o hospital. Abe deixa Tairone no hospital, se dirige ao quartel e posteriormente à Delegacia de Polícia.

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