Andadores oferecem risco de traumatismo craniano para bebês, diz SPRS

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Por oferecer risco de traumatismo craniano, o uso e comercialização de andadores é condenado pela Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS). O pediatra responsável pelo Comitê de Segurança da entidade, Danilo Blank, afirma que a decisão do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em apresentar uma portaria para regulamentar a comercialização do equipamento no Brasil, divulgado nesta semana, vai contra o que os profissionais defendem.

– Além do risco de traumatismo craniano, o andador pode causar até a morte da criança. Embora os índices sejam baixos em comparação aos dados da violência em geral, acreditamos que um equipamento que ofereça risco de morte a uma criança deve ser proibido, assim como o Canadá fez em 2004 – declarou Blank.

O pediatra contou, ainda, que há dois anos o Inmetro convidou a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para discutir a utilização e comercialização de andadores. Na ocasião, a entidade já se manifestou contrária, propondo que o produto fosse banido do mercado nacional.

Em 2013, a SBP conseguiu uma liminar na Justiça de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, proibindo a venda dos andadores tradicionais – onde a criança fica suspensa no equipamento – em todo o Brasil, mas a ação foi suspensa e o processo segue em Porto Alegre.

Outros aspectos que colaboram para o posicionamento contrário da SPRS, é o fácil acesso a locais que ofereçam risco, como escadas e piscinas, e o prejuízo no desenvolvimento do bebê.

Francine Malessa

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