Angra 1 e 2 batem recorde histórico de produção
O diretor de Operação e Comercialização da Eletronuclear, Pedro Figueiredo, comemorou o desempenho das usinas nucleares. “Angra 1 tem 30 anos de funcionamento e nunca gerou tanto. E Angra 2, com dez anos, também não”.
Figueiredo atribuiu o fato à troca do gerador a vapor de Angra 1, realizada em 2009, o que vem melhorando gradualmente o resultado da usina. “Em Angra 2, não houve necessidade de parar para reabastecimento. Isso aumentou também [a geração]”. Outro fator que contribuiu para a geração registrada em 2011 “foi a demanda do sistema, que pediu mais geração e nós respondemos”.
Para ele, a fonte nuclear de energia “é uma opção válida para suprir as necessidades do sistema elétrico”. No momento, as duas usinas estão operando a 100% de sua capacidade. De acordo com informação do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a energia nuclear foi a segunda maior fonte de geração de eletricidade no Brasil, no ano passado, respondendo por 3,17% da matriz elétrica nacional. A primeira fonte geradora foi a energia hidráulica (91% do total). “E a gente espera que continue assim, porque é uma dádiva para o país ter essa disponibilidade de água”.
No estado do Rio de Janeiro, as usinas Angra 1 e 2 geraram o equivalente a 30% do consumo. Quando a usina Angra 3 entrar em operação, entre o final de 2015 e o início de 2016, a energia nuclear representará 60% do que é consumido de energia elétrica no estado, estimou Figueiredo.
O diretor da Eletronuclear acredita que o ano de 2012 também será bom para a área nuclear. “A expectativa é boa porque Angra 1 não deve parar para reabastecimento, porque parou em outubro [de 2011]. Em segundo lugar, porque o ONS vem gradativamente solicitando mais e mais a participação das [usinas] nucleares como complementação das usinas hidráulicas”.