Ano se encerra em Xangri-Lá sem melhores perspectivas

Chegamos ao final de mais um ano e de uma administração que nada somou aos interesses coletivos. Foram quatro anos de poucas realizações, excetuando as festas é claro, pois a secretaria que mais gasta, isto para não dizer que esbanja, é a de turismo. Você leu exatamente isto.

Normalmente obras, secretaria, consome muito mais dinheiro, mas aqui não, pois somos a cidade das festas com o dinheiro do contribuinte. 

A repetidora da Globo é paga a peso de ouro para visitar a cidade no agora mês de seu aniversário, quando era apenas uma semana anteriormente.

Faz poucos dias houve acalorada discussão no Legislativo, pois o prefeito pretendia autorização para lançar mão de reserva orçamentária de contingência.

Ocorre que a folha ou folhas, segundo alguns vereadores já manifestarem em tribuna, está pesando demais e não havia dinheiro para pagá-la.

O veranista embora provocado por este articulista através de seu próprio site, assim como o Fernando Sbroglio, veranista do Lagos Park, infelizmente não teve a consciência e responsabilidade necessária para ter participação efetiva no processo eleitoral, pois é fundamentalmente dos seus tributos que a cidade vive.

E com isto ocorreu um fato lamentável, a reeleição do atual prefeito Celso BASSANI.

Isto vai nos custar muito caro, pois serão mais quatro anos de empreguismo e quase nada em obras.

No início deste ano foram gastos quase 1,5 milhões de reais em asfaltamento que não resistiu a um só inverno. Pois a mesma empresa que havia sido contratada para o referido asfaltamento foi novamente contratada para correção de vários trechos ao custo de cerca de 400 mil reais.

E é exatamente aí que fico com a pulga atrás da orelha, pois sei que o Código Civil estabelece a obrigação daquele que constrói em garantir a qualidade do trabalho. Ora se assim estando na legislação pátria, qual o sentido que faz em pagarmos novamente pelo serviço?

E não foi só na prefeitura que problemas ocorreram, pois no legislativo ao final do ano passado, 2007, foi realizada uma obra de reforma e ampliação que se consistiu na construção de mais um pavimento onde já havia dois.

O absurdo é que desde 1978 há lei oriunda de Osório que determina que onde se localiza o prédio do legislativo é Zona2, ou seja, só pode ser construído prédio com até dois pavimentos.

O prefeito mandou embargar a obra, penso que uma das poucas embargadas, pois aqui se faz o que se bem entende e a fiscalização ou é omissa ou travada, não sei qual das duas hipóteses se aplica ao caso. Havia problema de estrutura e para o prédio não ruir foi feito um trabalho com concreto protendido a um custo de cerca de 30 mil reais.

As obras previstas para serem concluídas em três meses completaram seu aniversário em novembro e ainda não estão prontas.

Durante o nosso inverno que foi chuvoso, em várias oportunidades houve alagamento do piso inferior, comprometendo móveis e equipamentos de informática. O prejuízo não foi pequeno.

Segundo soube o Tribunal de Constas andou fazendo o levantamento dos estragos e com isto certamente o erário será reparado.

Nossa praça de alimentação, a primeira e única no mundo a céu aberto, finalmente depois de dois longos anos ganhou, dois sanitários.

Ali foi erigido um prédio com pouco mais de 6m² ao custo de 14 mil. Considerando a qualidade do material empregado, muito longe de ser de primeira linha parece-me que o foi demasiado alto o custo, mas isto certamente o Tribunal de Contas irá verificar.

O vereador Lonir Alves (PMDB) não logrou a reeleição por apenas um voto. Igualmente não alcançaram a reeleição os vereadores Davenir Trespach, hoje na Arena e o vereador Juarez Souza, este do PSB. Não concorreram o vereador Valdir Silveira, PSB, por ter disputado a prefeitura e o vereador Manuel Sant'Helena, este por ter desistido em razão de problemas sérios de saúde.

Retornam à casa os ex-vereadores Gilberto Santo Tarasconi (PTB), Elismar Mendes (PTB) e Cândido Padilha(PMDB). Foram reeleitos a irmã do prefeito, Elizabete Zimmer (PTB), Lauro Jardim (Arena) e Marlene Martins (Arena), assim como o vereador Francisco Tadeu Magnus (PCdoB). Ainda eleitos pelo PDT, dois representantes do bairro Guará, Geovanão e Barbicha. Penso que o legislativo não mudará muito sua conduta que foi, durante estes quatro anos, quase sempre situacionista.

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