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Atlas eólico do Rio Grande do Sul será atualizado

O Atlas Eólico do Rio Grande do Sul será atualizado, o que ampliará o potencial de aproveitamento dos ventos para geração de energia. O novo estudo será realizado por um convênio entre o Governo Estadual, através da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), e Eletrosul. “Nossa capacidade de geração eólica aumentará consideravelmente, pois a medição será feita a 100 metros de altura, acompanhando o aumento da potência dos geradores”, explica o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik.

O trabalho iniciará em janeiro, com conclusão prevista para julho de 2014, e investimento de R$ 700 mil.

O primeiro Atlas foi editado em 2002, quando a presidente da República, Dilma Rousseff, ocupava a Secretaria Estadual de Energia, Minas e Comunicações. Na ocasião, os ventos foram medidos a 50 metros de altura, já que a potência média dos aerogeradores eram de 600 KW (quilowatts). A nova medição será feita a 100 metros e 150 metros de altura, equivalente ao avanço obtido na indústria, que hoje fabrica geradores de até 3,7 MW.

O presidente da AGDI, Ivan De Pellegrin, ressalta outra inovação no trabalho, que é o zoneamento ambiental. “O Atlas incluirá a identificação das áreas mais propícias à instalação de parques geradores, o que significa um insumo adicional para a tomada de decisões por parte dos investidores”, explica o dirigente. O zoneamento já está em andamento na Fepam.

A ampliação da altura medida repercutirá no potencial previsto para geração eólica no Estado. O diretor de Infraestrutura e Energia da AGDI, Marco Franceschi, calcula que o total saltará para 200 GW. No Atlas original, havia uma projeção de 115 GW para ventos de 100 metros. Para dar uma ideia do que representa essa medida, equivale à potência geradora de todas as fontes brasileiras. “Com a atualização, saberemos com mais precisão a localidade e a intensidade dos ventos”, resume Franceschi.

Parque gerador atual
O Rio Grande do Sul abriga o segundo maior potencial instalado para geração de energia eólica no país, com 469 MW distribuídos em 17 parques. Até 2018 estarão operando 88 parques, com capacidade para gerar 1.978,9 MW. Este volume já está contratado e representa cerca de R$ 8 bilhões em investimentos.

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