Balneário Pinhal: mulher é presa acusada de ajudar a planejar morte da ex de seu companheiro
Policial

Balneário Pinhal: mulher é presa acusada de ajudar a planejar morte da ex de seu companheiro

A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Porto Alegre, cumpriu mandado de prisão temporária da atual companheira do agressor da tentativa de feminicídio ocorrida em uma parada de ônibus, no bairro Teresópolis, em 02/05/2021.

De acordo com a investigação, ela tinha total conhecimento das intenções criminosas de seu companheiro de matar a vítima, tendo aderido à conduta do agressor, planejando detalhes da execução do crime e depois escondendo e eliminando as provas, atrapalhando as investigações.

O ex-companheiro da vítima confessou a prática do crime, dizendo que sua intenção era obter definitivamente a guarda dos filhos.

Em seu depoimento, filmado em vídeo, declarou que a atual companheira sabia de tudo. Além disso, desde o início chamou a atenção da equipe dos policiais civis as versões contraditórias apresentadas pelo casal. A suspeita de que a atual companheira tivesse envolvimento foi corroborada pelo depoimento da mãe do suspeito.

Em depoimento prestado no hospital em 12/05/2021, a vítima declarou que, além da questão de não querer pagar pensão alimentícia e da guarda dos filhos, ela possuía um seguro de vida em seu nome, cujos beneficiários eram os filhos. Ela informou que o casal tinha conhecimento desse fato, acreditando que esse foi o motivo pelo qual premeditaram o crime.

A ação ocorreu em Balneário Pinhal, onde também foi cumprido mandado de busca e apreensão. As cautelares foram deferidas pela 4ª Vara do Júri de Porto Alegre, Especializada em Feminicídios, após parecer favorável do Ministério Público.

Conforme a delegada Marina Dillenburg, que ouviu a vítima no hospital e acompanhou as diligências no litoral, o crime foi premeditado de forma bastante detalhada pelo casal, que além da questão da guarda dos filhos, tinha motivação financeira para executar a ex-companheira.

 

Já a delegada Jeiselaure Rocha de Souza, titular de Deam/POA e diretora da Dipam/DPGV destaca que o agressor esteve à espreita da vítima em pelo menos duas ocasiões anteriores.

A vítima fez questão de gravar um vídeo de alerta para outras mulheres, sobre a importância de buscarem ajuda, romperem o silêncio e denunciarem seus agressores no primeiro sinal de violência doméstica.

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