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Bird quer detalhes sobre o Plano Brasil sem Miséria

Instituição financeira internacional, o Banco Mundial (Bird) fornece empréstimos aos países em desenvolvimento para a execução de programas sociais. O objetivo é estimular a adoção de medidas que combatam a pobreza. As autoridades estrangeiras agora se voltam para o Plano Brasil sem Miséria, cujo objetivo é reduzir o número de 16,27 milhões de brasileiros que vivem em estado de pobreza extrema garantindo qualidade de vida .

O plano ainda não foi lançado, mas o governo anunciou que serão incluídos nele apenas os que vivem com menos de R$ 70 (US$ 15), considerando o rendimento mensal por família. O objetivo é  associar o plano a programas de transferência de renda, ao acesso aos serviços públicos e à inclusão produtiva. 

O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Rômulo Paes de Sousa, afirmou à Agência Brasil que o plano ocorre no momento em que o Brasil já está na etapa da “consolidação de uma agenda inclusiva forte”. Na prática, segundo ele, isso significa que o “melhor exemplo vem com a experiência e a prática”.

“[Os estrangeiros] percebem que o Brasil reconheceu seus problemas e busca superar uma dívida social muito grande e antiga, a comparação com dados anteriores e os atuais é inevitável”, afirmou Paes de Sousa. 

As discussões sobre os programas de transferência em execução em diferentes continentes ocuparam os últimos dias 27 e 28, em Paris, com o objetivo de definir estratégias comuns aos países em desenvolvimento baseadas em exemplos bem-sucedidos no mundo. O secretário reiterou que a experiência mostra que a base da eficiência é a credibilidade nos programas.

De acordo com Paes de Sousa, o Banco Mundial quer que as estratégias sejam baseadas na proteção social, com o desenvolvimento de medidas de geração de oportunidades de emprego e trabalho como prevenção à pobreza, além da promoção da qualidade de vida. O Bird, em documento entregue aos participantes, informou que  “ideias inovadoras” são capazes de “resolver os atuais desafios” do mundo.

Para o Bird, as propostas apresentadas devem se basear na informalidade, no financiamento e no estímulo de parcerias. A próxima reunião está marcada para setembro, em Washington. Até dezembro, uma comissão do Banco Mundial virá ao Brasil para verificar os programas executados.

Nas reuniões da semana passada, em Paris, participaram com suas experiências representantes do Brasil, da Costa Rica, da Libéria, da China, do Bahrein, dos Estados Unidos e da Rússia.

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