Vida & Saúde

Brasil fica menos vulnerável à gripe suína com novos testes, diz Temporão

Depois de lançar o teste nacional para o diagnóstico da influenza A (H1N1) – gripe suína, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse hoje (23) que a nova tecnologia deixa o Brasil menos dependente de outros países e menos vulnerável no enfrentamento da doença.

Temporão lembrou que na primeira onda de gripe, em 2009, o governo encontrou dificuldades de importar os testes por falta de volume disponível nos laboratórios estrangeiros para atender à demanda brasileira. De abril a dezembro do ano passado, o Brasil importou 73.121 testes.

“No ano passado, quando a OMS [Organização Mundial da Saúde] declarou que uma nova doença havia surgido no mundo, houve uma corrida dos países para ter acesso ao reagente, que era a única maneira de fazer o diagnóstico. Isso deixou o Brasil numa situação vulnerável. Dependíamos de um único produtor mundial para poder fazer o exame”, disse Temporão.

Fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) – por meio do Laboratório de Bio-Manguinhos e do Instituto Carlos Chagas – em parceria com os institutos paranaenses de biologia molecular (IBMP) e de tecnologia (Tecpar), o primeiro lote, com 30 mil testes nacionais, será distribuído para a Fiocruz (RJ), o Instituto Evandro Chagas (PA), o Instituto Adolfo Lutz (SP) e três laboratórios públicos no Distrito Federal, Paraná e na Bahia – únicas instituições que realizam o diagnóstico do vírus Influenza A (H1N1) no país.

Os primeiros testes serão destinados a pacientes internados com suspeita da doença. O exame é indicado também para surtos em comunidades e investigação de mortes. A meta é fabricar 80 mil testes por mês para suprir a demanda nacional.

De acordo com o ministério, o teste nacional é mais barato, mais rápido e confiável. O kit deve sair por R$ 45 – no mínimo, metade do preço pago pelo governo ao teste importado. Outra novidade é a redução no tempo para a análise da amostra – que vai passar de oito para quatro horas.

Temporão afirmou ainda que a tecnologia ajudará o país no desenvolvimento de testes rápidos para outras doenças, como dengue, malária e tuberculose. O teste nacional está disponível somente para a rede pública. Não há expectativa para fornecimento aos laboratórios privados.

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