Brasil pode ser mediador na crise entre Venezuela e Colômbia

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sinalizou que o Brasil poderá facilitar a retomada do diálogo entre os governos da Venezuela e da Colômbia, mas, cauteloso, fez a ressalva de que, até o momento, nem Caracas nem Bogotá pediram a intermediação formal do Brasil.

— Só se faz mediação quando os dois lados querem — disse Amorim.

Questionado pela imprensa sobre o tema, confirmou que não houve um pedido formal de mediação, mas indicou que há interesses dos dois lados nesses diálogo e que será preciso apenas esperar que se reduza “um pouquinho” o clima de tensão entre os dois países.

— Tudo tem seu tempo.

Nas primeiras horas de domingo, Amorim conversou no aeroporto de Bogotá com o chanceler colombiano, Fernando Araujo, que lhe fez um relato detalhado das circunstâncias que levaram o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a romper relações diplomáticas com a Colômbia. As relações entre os dois países se deterioraram após a decisão do presidente colombiano, Álvaro Uribe, de retirar o aval que havia dado a Chávez para negociar com líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Hoje, Amorim deverá conversar por telefone com o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará na posse da presidente da Argentina, Christina Kirchner, em Buenos Aires, no próximo domingo, ocasião em que deverá conversar com Álvaro Uribe sobre a questão e estará aberto a uma possível conversa com Chávez.

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