A primeira reunião após o recesso parlamentar contou com uma pauta de diversos projetos, porém todos apenas para a primeira discussão. Nenhum foi votado. Entre os projetos que mais mereceram atenção dos vereadores está o que trata da captação de recursos na ordem de R$ 7 milhões, através de operação de crédito do programa BRDE Municípios.
Trata de um financiamento a ser pago em oito anos com juros iniciais de 7,5% ao ano. Os recursos são exclusivos para aplicação em projeto, já elaborado, para o asfaltamento de ruas.
A preocupação com a contração dessa dívida e da aplicação dos recursos trouxe ao Legislativo na tarde de terça-feira (22), o diretor de Assuntos Institucionais e Transparência da Prefeitura de Tramandaí, Antônio Vieira Nunes.
Segundo Nunes, esses recursos não chegam rapidamente aos cofres públicos e é possível que só sejam captados na próxima gestão. “É um recurso importante, que está disponível e tem juros baixos, podendo socorrer o município em um momento de crise”, explicou Nunes, que abasteceu os vereadores com informações importantes e esclareceu todas as dúvidas.
“Nossa preocupação é que o município contraia uma dívida não justificada quanto ao custo benefício e arque com um pagamento muito alto para uma possível crise ainda mais acentuada da que vivemos hoje”, questionou o vereador Clairton Sessim (PP).
Para o vereador Luiz Motti (PMDB), o asfalto é uma das maiores reivindicações da população e precisa ser providenciado com urgência.
Todos os vereadores participaram da reunião e o projeto segue na Casa para ser votado na próxima segunda-feira (28).
O presidente do Legislativo, Enio Dick (PMDB, alerta que os recursos desse programa apontam os investimentos que podem e não podem ser feitos, entre eles custeio e gastos com manutenção corrente e pagamento de pessoal. “Esses recursos tem destinação de acordo com o programa BRDE e é muito bem supervisionado”, ressaltou.
Denise Coelho
