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Candidatos lembram Eduardo Campos

Homenagens ao ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto na última quarta-feira (13) em um acidente aéreo em Santos (SP), deram o tom no primeiro programa dos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas, hoje (19), no  horário eleitoral gratuito na televisão.

Campos foi lembrado por vários partidos, mas o tempo destinado à coligação Unidos pelo Brasil, liderada pelo PSB, que sustentava sua candidatura e a da ex-senadora Marina Silva, que disputaria a Vice-Presidência, foi integralmente usado para lembrar o ex-governador: a propaganda começou e terminou com declarações gravadas em que o presidenciável do PSB falava sobre caraterísticas e desafios do povo brasileiro.

Em nenhum momento do programa, houve sinalização sobre a formação oficial da nova chapa. Marcados por um tom de nostalgia, os dois minutos e três segundos serviram para reforçar os princípios que uniram as legendas. “Eduardo se foi, mas seus valores e ideais ficaram”, destacaram. Trechos do discurso selecionado pela coligação também enfatizaram  a união e a confiança de Campos na companheira de chapa, Marina Silva, apontada como a sua provável substituta.

O candidado do PSDB, Aécio Neves, também usou parte do tempo (quatro minutos e 35 segundos) destinado à coligação Muda Brasil para lembrar Eduardo Campos e ressaltar que ambos se conheceram no período das “Diretas Já!”, quando trabalhavam com seus avós, Tancredo Neves e Miguel Arraes, ex-governadores de Minas Gerais e de Pernambuco, repectivamente.  Ao lembrar a amizade com o candidato do PSB, Aécio ressaltou que, como Campos, tem o objetivo de oferecer uma proposta de mudança na condução do país.

O senador mineiro criticou o atual governo dizendo que o Brasil de hoje é muito melhor do que o de décadas atrás, mas que, “infelizmente”, a realidade vem mudando. “Hoje [o país] está pior do que estava há quatro anos. Conquistas estão em risco”, afirmou Aécio, ao apontar a inflação e afirmar que as taxas de crescimento da economia estão estagnadas. “O problema nunca foi – e não é o Brasil – mas a forma como o Brasil vem sendo governado”, completou Aécio, mantendo o discurso crítico que vem caracterizando sua participação em debates e declarações públicas.

A candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, foi a terceira a se apresentar. Parte do tempo da propaganda procurou refletir a rotina pessoal e profissional de Dilma, destacando sua experiência na chefia do Executivo nos últimos três anos e meio e o fato de ser ela a única mulher a ocupar a Presidência da República. Com 11 minutos e 24 segundos, Dilma afirmou que, à frente do país, “é preciso mater um leão por dia”. A propaganda da coligação Com a Força do Povo traçou comparações entre o atual governo e administrações anteriores, destacando a queda na taxa de desemprego e resultados de programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida e o Mais Médicos, além de obras de infraestrutura, diante de um cenário internacional de impacto da crise financeira.

Nos últimos minutos do programa da coligação liderada pelo PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva homenageou Eduardo Campos, que foi ministro da Ciência e Tecnologia durante seu governo. Lula manifestou pesar pela morte do ex-governador e disse que os ideiais de Campos não serão esquecidos. “Sua luta continuará sendo nossa luta”, afirmou o ex-presidente.

A propaganda eleitoral dos candidatos à Presidência da República será apresentada na televisão às terças e quintas-feiras e aos sábados, das 7h às 7h25; e das 12h às 12h25 no rádio, e das 13h às 13h25 e das 20h30 às 20h55 na televisão. A ordem de apresentação dos partidos foi definida em sorteio feito pelo Tribunal Superior Eleitoral. Nos programas seguintes, será adotado sistema de rodízio, fazendo com que o partido ou a coligação que teve seu programa apresentado em último lugar passe a ser o primeiro e assim sucessivamente até o dia 2 de outubro.

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