Causas existem. Faltam militantes

Tenho pensando, nestes últimos dias, que a nossa participação, como povo, é muito pequena ou quase nula nas questões que afligem a nossa nação.

A nossa apatia, a nossa ausência  individual ou coletiva frente aos problemas que temos, como país e como povo atestam a nossa total despreocupação com relação aos nossos destinos. Vejamos, então: Qual é a nossa opinião sobre o êxodo rural que retira mão de obra do campo e a joga nas periferias das cidades?

Qual é a nossa opinião sobre a drogatização de milhares de jovens que, livremente, se entorpecem em “cracolândias” das capitais e de cidades de todo o território nacional? Qual a nossa opinião sobre a qualidade do ensino e das instalações físicas de nossas escolas publicas?

Qual a nossa opinião sobre os nossos professores?Qual a nossa opinião sobre a segurança pública nacional?

Qual a nossa opinião sobre a saúde que nos é proporcionada pelo SUS?

Qual a nossa opinião sobre trânsito de nossas cidades e de nossas rodovias que, em fins de semana, produzem mortes em numero de guerras?

Qual a nossa opinião sobre a nossa classe política representada pelos poderes executivos e legislativos instalados em nossos municípios, estados e distrito federal?

Qual a nossa opinião sobre a nossa Justiça? Imaginem, quantas causas temos para lutar, para defender, para nos mobilizarmos buscando um resultado novo. São boas causas.

Faltam os militantes que, ardilosamente, durante o ano são convidados a se filiarem às torcidas organizadas de times de futebol e  discutirem futebol.

Faltam os militantes que, ardilosamente, são levados a, em fevereiro de cada ano, vestirem fantasias de Reis, Pierrô e Colombina e desfilarem, bêbados de ilusões, pelas avenidas do país, proclamando que estamos em um eterno carnaval.

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