Um ciclone na costa está se transformando em tropical e em breve será nomeado como ciclone Akará.
Ele está localizado ao sul da Região Sudeste, em mar aberto, no Oceano Atlântico, com pressão em 1002 hPa, e nas coordenadas 27ºS e 40ºW.
A Marinha do Brasil e a MetSul Meteorologia projetam que a depressão tropical deve se intensificar, sendo elevada à categoria de tempestade tropical.
Com isso, o sistema será nomeado como Akará, espécie de peixe na língua Tupi, inaugurando a nova lista de nomes para ciclones atípicos no Atlântico Sul.
Os modelos numéricos de previsão do tempo indicam que o ciclone Akará permanecerá em mar aberto, se deslocando para Sul-Sudeste.
Ele deve reduzir a velocidade ao alcançar latitudes do Rio Grande do Sul entre os dias 20 e 22, enfraquecendo ao atingir águas mais frias ao sul e fazendo a transição para extratropical, se dissipando entre os dias 22 e 23.
Haverá impactos no Rio Grande do Sul?
A trajetória indicada pelos modelos numéricos, como se viu, projeta a tempestade Akará se deslocando para Sul em alto-mar a uma maior distância do continente.
Embora o campo de vento forte de um ciclone possa se estender por centenas de quilômetros, em especial em ciclones extratropicais, o que não é o caso deste, o vento mais forte e intenso ficaria limitado a áreas de mar aberto e distante da faixa costeira por todas as projeções, sem exceção.
Com isso, um impacto do ciclone Akará que pode ser sentido na costa é agitação marítima com ondas mais altas, mas nada significativo.
Mesmo o risco de uma ressaca maior não é alto, uma vez que, pelas características do sistema e a intensidade do vento em torno do seu centro de circulação, o swell não seria tão expressivo como nos comuns ciclones extratropicais de meses frios.
Uma possibilidade atrelada a este ciclone Akará para o continente é gerar instabilidade isolada. Bandas de nuvens a partir do ciclone podem trazer nebulosidade para o continente que, interagindo com o ar quente, podem causar chuva isolada e ocasionalmente temporais localizados.
Independente do ciclone na costa, ar quente e umidade vão se combinar ao longo da semana para provocar pancadas de chuva isoladas com ocasionas temporais localizados típicos de verão.
Assim, em síntese, não são esperados no momento impactos relevantes da bastante atípica tempestade Akará no continente.
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