Ciclone no RS: Inmet eleva alerta para o máximo da escala

Imagem arquivo: Ciclone na costa e seus efeitos no tempo no RS - NOAA

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) atualizou o alerta por conta do ciclone extratropical que atinge o Rio Grande do Sul para vermelho (o máximo da escala).

A mudança de status, equivalente a “grande perigo”, está vigente entre meio-dia desta quarta-feira (12) e 10h de quinta-feira (13). O anúncio faz menção a potenciais impactos do fenômeno.

De acordo com o Inmet, instituição federal ligada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, há previsão de 60mm a 100mm de chuva – ou seja, de metade a 80% da média de precipitação para o mês de junho em quase todo o Rio Grande do Sul.

Há potencial para queda de granizo e rajadas de vento superiores a 100 km/h. Segundo o Inmet, o risco é de “danos em edificações, corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores, alagamentos e transtornos no transporte rodoviário”.

Entram, na zona vermelha de alto risco, as regiões Sudoeste, Noroeste, Central, Litorais Sul e Norte, Metropolitana de Porto Alegre, Sudeste, Nordeste e quase toda a Metade Sul.

— No decorrer desta quarta, o ciclone vai se deslocar pelo Estado, do Noroeste em direção ao Sudeste. O centro deve passar pela Região Central, por volta de Santa Maria, e atingir Serra e Porto Alegre.

Deve chegar à Região Metropolitana entre 18h e 21h desta quarta-feira.

Mas durante todo dia e noite teremos chuva e vento – explica Henrique Repinaldo, meteorologista da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

O ciclone desta quarta e quinta-feira deverá ser mais forte do que o registrado na sexta-feira passada (7) e de intensidade semelhante, com provável menos risco de estrago, do que o fenômeno do fim de junho, quando 16 pessoas morreram no Rio Grande do Sul, acrescenta Repinaldo, pesquisador do Centro de Previsão do Tempo e Pesquisas Meteorológicas da UFPel.

Há provável chance de menores estragos porque o ciclone de junho ficou “parado” mais tempo na metade norte do Estado, enquanto que o fenômeno desta semana deve atravessar o Rio Grande do Sul em sua trajetória da Argentina e sul do Paraguai ao oceano.

Por consequência, o ciclone deve atingir mais cidades, alertou a Defesa Civil.

— Em termos de preocupação, o ciclone de agora é mais preocupante do que o ciclone do fim de semana passada, que causou algumas chuvas e quase nada de vento. Este, de hoje, é mais comparável ao de junho.

A vantagem é que o ciclone de agora se desloca, então talvez seja menos danoso porque não fica tanto tempo influenciando uma região.

O ciclone que fica muito tempo parado, como o de junho, concentra a precipitação em uma região, o que torna mais perigoso – diz o meteorologista.

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